S&P rebaixa nota de crédito global Braskem de ‘B+’ para ‘CCC-‘; perspectiva negativa

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A S&P Global Ratings rebaixou a sua classificação de crédito global da Braskem de “B+” para “CCC-“. A agência também reduziu os ratings para nível de emissão sobre as notas seniores não garantidas da empresa de “B+” para “CCC-“, e sobre suas notas subordinadas de “CCC+” para “C”. A perspectiva é negativa, segundo a agência.

“Considerando as condições desafiadoras da indústria e o alto endividamento da empresa, há uma probabilidade aumentada de uma reestruturação da dívida nos próximos seis meses”, disse a agência.

Segundo a S&P Global, a perspectiva negativa reflete o potencial de um rebaixamento nos próximos seis meses, caso a empresa anuncie um processo de reestruturação da dívida que considere equivalente a um default. “A liquidez da Braskem pode diminuir rapidamente dependendo de sua taxa de queima de caixa e da capacidade da empresa de renovar sua linha de crédito rotativo com vencimento em dezembro de 2026.”

Em junho de 2025, a Braskem tinha uma posição de caixa de R$ 9,3 bilhões e a linha de crédito rotativo equivalente a cerca de R$ 5,5 bilhões disponível até dezembro de 2026, informou a S&P. “No entanto, nas condições atuais, achamos que pode ser difícil para a empresa renovar a linha de crédito rotativo com termos semelhantes.”

Segundo a S&P Global, uma ação de classificação positiva dependeria da avaliação sobre se o risco da reestruturação da dívida diminuiu consideravelmente. “Isso poderia ocorrer se a empresa conseguir melhorar sua liquidez, estendendo sua linha de crédito rotativo, e/ou se o alívio fiscal REIQ e PRESIQ para a indústria química brasileira for aprovado, apoiando expectativas de fluxos de caixa mais fortes.”

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Braskem comentou sobre o rebaixamento da S&P e também o da Fitch. “A companhia reforça o compromisso com seus stakeholders e segue com foco na implementação das iniciativas de resiliência e de transformação para mitigar os relevantes impactos decorrentes do prolongado ciclo de baixa global da indústria e para o fortalecimento da competitividade da indústria química brasileira.”

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Estadão

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