Stone lucra R$ 631 milhões no 2º tri, alta de 27% e revisa projeções de ganho para 2025
A Stone, empresa de maquininhas de cartões e pagamentos, anunciou nesta quinta-feira, 7, lucro líquido ajustado de R$ 631 milhões no segundo trimestre de 2025, crescimento de 27% na comparação anual.
A receita das operações continuadas, que exclui os resultados dos ativos de software em processo de venda, como a Linx, atingiu R$ 3,5 bilhões, crescimento de 20% ante o segundo trimestre de 2024.
O retorno (ROE em inglês) das operações consolidadas cresceu mais de 9 pontos em um ano, chegando a 22% no segundo trimestre. Quando se considera o ROE só dos serviços financeiros, o indicador ficou perto dos 30% no período, crescimento anual de 6 pontos porcentuais.
Em pagamentos, a base de clientes de Micro, Pequenas e Médias Empresas, o forte da Stone, cresceu 17% ano contra ano, chegando a 4,5 milhões de clientes ativos. Já o volume de recursos movimentado pelo segmento (TPV) atingiu R$ 122 bilhões, crescendo 12% na comparação anual, com o Pix QR Code em alta de 59%.
Em outra área de negócios, chamada de banking, que inclui depósitos bancários, a base de clientes ativos da Stone cresceu 23% em 12 meses, chegando a 3,3 milhões. O volume de depósitos fechou o trimestre em R$ 8,8 bilhões, aumento de 36% na comparação anual.
Já a carteira de crédito da Stone atingiu R$ 1,8 bilhão, crescimento de 25% na comparação trimestral. A taxa de inadimplência, para atrasos acima de 90 dias, ficou em 4,7%, estável.
Novas metas
Após a venda da Linx e SimplesVet, anunciada em 22 de julho, e excluindo as operações que foram descontinuadas, a Stone revisou suas projeções (guidances) para 2025. A previsão de lucro bruto ajustado para 2025 passou para acima de R$ 6,37 bilhões, de acima de R$ 7,050 bilhões divulgado anteriormente.
Para o lucro ajustado por ação, a projeção passou para acima de R$ 9,6, de R$ 8,6 divulgado no final de 2024. Se as duas projeções se confirmarem, representam um crescimento de 14,5% e 32% ante o ano de 2024, respectivamente.
As transações anunciadas, de acordo com a Stone, geraram um montante que equivale a aproximadamente 25% do valor de mercado da companhia, com o desinvestimento representando 5% do lucro líquido ajustado.
A Stone vai agora oferecer o software como valor agregado para os clientes, porém sem ter todo o capital investido no ativo, como fazia com as empresas que vendeu, “tornando a estratégia mais eficiente do ponto de vista de alocação de capital”, de acordo com a companhia.
A Stone distribuiu aos acionistas R$ 1,24 bilhão no primeiro semestre, através da recompra de ações. A companhia informou no balanço que 41% do capital excedente de R$ 3 bilhões do quarto trimestre de 2024 já foi distribuído por meio de recompras.
“Em um cenário macroeconômico mais desafiador, entregamos mais um trimestre consistente, com disciplina na gestão de capital e forte geração de caixa”, afirmou o CEO da Stone, Pedro Zinner, em nota. “Continuamos avançando na simplificação das operações e na eficiência da companhia.”