‘Tremembé’: Sandrão fala sobre série em entrevista ao ‘Domingo Espetacular’

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Nesse domingo, 16, Sandra Regina, conhecida como Sandrão, revelou ao Domingo Espetacular a realidade por trás de seu encarceramento em Tremembé, que foi retratado na série de nome homônimo, da Amazon Prime. Ela afirmou que entrará na justiça contra a série por “distorcer os fatos”.

Ela foi condenada a 27 anos por extorsão mediante sequestro, pelo sequestro e morte do filho de uma vizinha. Na entrevista, seu advogado falou do motivo do pedido de suspensão de Tremembé: “Estamos pedindo para suspender a série porque ela distorce a verdade dos fatos. Foi provado no processo que ela estava em outro local [durante a morte da vítima]. Quando a série retrata ela colocando o jovem ajoelhado e dando a arma para um menor de idade para fazer o disparo, agravou a penalidade.” “Me denominaram uma coisa que não sou, um monstro […] Não consigo mais ir em nenhum lugar sem alguém me reconhecer”, disse Sandrão.

Sobre sua vida dentro do presídio e seus relacionamentos com Elize Matsunaga e com Suzane von Richthofen, explicou. “Era matar ou morrer. Eu nunca abaixei a cabeça, nem dentro da comunidade onde eu cresci, muito menos dentro do presídio”, começou. Perguntada pelo apresentador Roberto Cabrini sobre ter se apaixonado por ambas, ela respondeu que sim, mas que se arrepende de muitas coisas. “Fizeram uma ficção baseada na minha vida real. O ‘Sandrão’ foi criado dentro da unidade prisional.”

“Tremembé fez eu ‘virar gente’. Porque é totalmente disciplinado, você tem regras e tem que cumprir. Quem está em Tremembé não quer sair de Tremembé, lá você trabalha, você estuda, você se alimenta, você vive em paz”, relembrou, sobre a vida no cárcere.

“A gente sempre jogava xadrez junto, por bom comportamento. Podíamos ouvir música, e fomos nos aproximando”, disse, sobre o romance com Suzane von Richthofen. “Vivemos uma história. Se em algum momento teve alguma manipulação, eu não vejo. O tempo em que estive com ela, fui feliz”, comentou.

Sandrão revelou que ela e Suzane tinham planos para viverem juntas após o encarceramento, mas que se perguntava sobre a “mente de Suzane”: “É difícil analisar a Suzane que todo mundo viu, que eu vi na televisão, e a Suzane que está na sua frente.”

Perguntada por Cabrini se havia conversado com Suzane sobre seu crime, disse: “Ela se arrependia, [dizia] que sofria por isso, que não deveria ter sido como foi. Acho que ela amava a mãe dela de verdade”. Entretanto, declarou que, entre Suzane e Elize, a segunda tinha mais “arrependimentos”. “Em algumas conversas, dava para ver que ela se arrependia. Se você se envolve com uma pessoa e vê que ela pode estourar, você não quer ‘dar mancada'”, completou.

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Estadão

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