Trump sinaliza ser contra prisão de líder da oposição na Venezuela e ameaça Colômbia

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O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que “não ficará feliz” caso a líder da oposição da Venezuela, Maria Corina Machado, seja presa pelo regime de Nicolás Maduro, em comentários a repórteres nesta quarta-feira, 10. Trump ainda confirmou a interceptação de um grande petroleiro na costa venezuelana, mas sem dar detalhes sobre o que teria motivado a operação.

O presidente americano também fez duras críticas a Colômbia, voltando a chamar o país de “grande indústria de drogas e cocaína”, afirmando que o presidente colombiano Gustavo Petro é o “próximo na sua lista” por ser muito “hostil” com os EUA. “Ele terá muitos problemas, se não for sábio”, disse.

Em relação a outras tensões geopolíticas, Trump disse que acredita ser capaz de retomar o cessar-fogo entre Tailândia e o Camboja. “Se eu não fizer, quem fará?”, afirmou, acrescentando que pretende ligar para autoridades de ambos os países nesta quinta-feira, 11.

Sobre a Ucrânia, o presidente americano disse que não está gastando nada em dinheiro, apenas em tempo e esforço, nas negociações de paz, relembrando que o país está comprando armas americanas para combater a Rússia. Trump, no entanto, defendeu a necessidade de eleições gerais em Kiev, diante dos recentes escândalos de corrupção. “Eles não têm uma eleição em muito tempo, precisam fazer uma em breve”, apontou.

Os comentários aconteceram durante mesa redonda com executivos de Wall Street para anunciar detalhes sobre adesão do Gold Card. “Não queremos qualquer pessoa entrando nos EUA”, disse o republicano, afirmando que o novo programa é uma “versão melhorada” do Green Card para ajudar empresas americanas.

Presente na reunião, o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, classificou o Gold Card como a “chave” para trazer as “melhores pessoas do mundo” ao país e ajudar iniciativas de inovação.

Sobre outros temas de política doméstica, Trump defendeu a ideia de transferir diretamente subsídios de saúde para a população sem a interferência de seguradoras, alegando que é apoiada por americanos, mas que “não sabe se democratas vão aprovar o projeto”. O presidente ainda pediu a descontinuidade da CNN, afirmando que o canal de televisão jornalístico é “desonesto e precisa ser vendido”.

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Estadão

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