Vereador condenado por antissemitismo volta à Câmara de São Paulo
O vereador Adilson Amadeu (União Brasil-SP), condenado duas vezes por antissemitismo e exonerado do cargo de assessor especial da Secretaria Especial de Relações Institucionais da Prefeitura de São Paulo nesta segunda-feira, 17, voltou à Câmara Municipal da capital paulista.
Amadeu havia sido nomeado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP) para o cargo na Prefeitura em outubro. No entanto, no início deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) confirmou sua condenação por antissemitismo.
A decisão manteve a sentença de primeira instância, proferida em 2023, e foi unânime, com cinco votos a zero contra os embargos infringentes e de nulidade apresentados pela defesa. O voto da relatora, desembargadora Maria Cecília Leone, foi acompanhado pelos demais magistrados da 4.ª Câmara Criminal.
Na época da nomeação, a Prefeitura informou ao Estadão que “a pena no caso relacionado ao sr. Adilson Amadeu foi prescrita, portanto, não há impedimento para ele ocupar o cargo”.
Após a exoneração nesta segunda-feira, a Prefeitura informou que “o senhor Adilson Amadeu foi exonerado para assumir como vereador na Câmara Municipal no lugar de Sandra Alves, que entrou em licença”.
Amadeu teve cinco mandatos no Legislativo do município, e ficou como suplente na última eleição, em 2022.
“Agora é oficial: estou de volta à Câmara Municipal de São Paulo, como vereador eleito democraticamente pelo povo”, escreveu Amadeu nas redes sociais.
Ele disse ainda que o retorno será por período determinado: “Por um período determinado (provavelmente até o recesso), assumo novamente uma cadeira no parlamento. E durante esse tempo, teremos uma série de votações importantes para nossa cidade”.

