Estudante brasileiro desaparece após embarcar para a Rússia; PF investiga possível tráfico de pessoas
Ricardo Castro Rocha, de 25 anos, sumiu após voo internacional; câmeras registraram saída dele com malas e carona até o aeroporto

As polícias do Brasil, Paraguai e a Polícia Nacional Paraguaia estão investigando o desaparecimento do estudante brasileiro Ricardo Castro Rocha, de 25 anos, que sumiu após embarcar em um voo para a Rússia no último dia 16 de abril. Ricardo cursa medicina em Ciudad del Este, no Paraguai, e desde a data do embarque não há mais notícias sobre seu paradeiro. Segundo a Polícia Federal, ele saiu de seu prédio na cidade paraguaia com diversas malas, registradas por câmeras de segurança, e embarcou no aeroporto de Foz do Iguaçu com destino a São Paulo. À noite, embarcou novamente no aeroporto de Guarulhos em um voo com destino a Moscou, com escala em Doha, no Catar. A chegada estava prevista para o dia 17 de abril, mas não há confirmação se Ricardo chegou ao destino.
O caso é acompanhado pela Polícia Federal, Polícia Civil do Paraná e Ministério Público do Paraguai, por meio da Fiscalía Regional de Ciudad del Este. A investigação também conta com apoio do Comando Tripartite, que reúne forças de segurança dos três países da tríplice fronteira. De acordo com os pais, que moram no Pará, Ricardo não havia informado sobre a viagem. Eles relataram ainda que combinaram de encontrá-lo no aeroporto de Foz do Iguaçu no dia seguinte ao embarque, o que não ocorreu. Como agravante, receberam uma última mensagem supostamente enviada por Ricardo, na qual dizia que só os veria novamente em cinco anos. A família acredita que a mensagem não foi escrita por ele.
A advogada da família, Celia Martinez, levantou a suspeita de que o jovem tenha sido vítima de uma rede de tráfico de pessoas. Segundo ela, Ricardo era um estudante disciplinado, atleta e mantinha contato diário com a família. O motorista que aparece nas imagens de segurança afirmou ser amigo do jovem e disse que apenas o levou ao aeroporto a pedido dele. O caso segue sob investigação.