Estudo mostra que a falta estrutura e formação de professores trava o uso de tecnologia em sala de aula

A implementação da Política Nacional de Educação Digital, aprovada em dezembro de 2022 e sancionada em janeiro de 2023, pode tornar mais atrativa a carreira docente na área de ciências e tecnologia

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Formação de professores é entrave ao uso de tecnologia em sala de aula | © Pexels

Um estudo do British Council, organização internacional do Reino Unido para relações culturais e oportunidades educacionais, divulgado desta quarta-feira (12), revelou que a formação de professores é um dos principais obstáculos para o uso da tecnologia em laboratórios e salas de aula no Brasil.

Além disso, as escolas brasileiras enfrentam problemas de infraestrutura, como a baixa conectividade e a falta de acesso a computadores e outros dispositivos. A pesquisa, intitulada “O ensino de ciências da natureza e suas tecnologias na educação básica brasileira – um panorama entre os anos de 2010 e 2020“, realizada em parceria com a Fundação Carlos Chagas, tem como objetivo inventariar e descrever aspectos fundamentais para o desenvolvimento da educação STEM (ciências, tecnologia, engenharia e matemática, na sigla em inglês). Clique aqui para acessar o estudo completo.

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O estudo destaca que a maioria dos professores brasileiros de educação básica não se sente apta a utilizar a tecnologia para além do que fazem em suas vidas pessoais, o que é um entrave a ser superado o quanto antes. Além disso, a pesquisa aponta que a formação continuada é crucial para o bom ensino de ciências, já que a forma de ensinar tem mudado rapidamente com as novas descobertas.

A pesquisa indica que a computação pode colaborar fortemente com o aprendizado em outras áreas, como as ciências da natureza, e é uma das áreas mais atrativas do mercado de trabalho. No entanto, a realidade ainda não foi transposta para o universo da educação de forma plena, o que é um problema a ser enfrentado. A implementação da Política Nacional de Educação Digital, aprovada em dezembro de 2022 e sancionada em janeiro de 2023, pode tornar mais atrativa a carreira docente na área de ciências e tecnologia.

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As autoras da pesquisa levantam a necessidade de modernização do ensino de ciências no país, incluindo a ampliação da formação continuada e troca de experiências docentes, o acesso reduzido a materiais de laboratório e a inserção do letramento científico na rotina da escola básica. A pesquisa destaca ainda a importância de um ambiente propício para a ampliação do currículo de ciências e tecnologias com assuntos interdisciplinares, que envolvam temas como gênero e raça.

Com informações da Agência Brasil.

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Valmir Pedroso

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