Estudo mostra que pedalar pode proteger o cérebro contra a demência
Pesquisa publicada na JAMA Network Open acompanhou quase 480 mil pessoas por 13 anos e revelou que usar a bicicleta regularmente reduz em até 40% o risco de desenvolver demência precoce

Pedalar faz bem para o coração, fortalece os músculos e melhora o humor. Agora, a ciência mostra que a bicicleta também pode ser uma grande aliada da memória. Um estudo publicado na revista JAMA Network Open acompanhou 480 mil pessoas ao longo de 13 anos e descobriu que quem pedala com frequência tem muito menos risco de desenvolver demência.
Os resultados impressionam:
O risco de qualquer tipo de demência caiu em 19% entre ciclistas.
Para o Alzheimer, a redução foi de 22%.
No caso da demência precoce (antes dos 65 anos), a queda chegou a 40%.
Mas por que isso acontece? Os cientistas analisaram exames cerebrais e observaram que pedalar ajuda a preservar o hipocampo, região do cérebro fundamental para a memória e o aprendizado — justamente uma das mais afetadas nos estágios iniciais da demência.
Outro detalhe importante é que nem a genética anula o benefício. Mesmo pessoas com predisposição maior para Alzheimer, como aquelas que carregam o gene APOE, apresentaram ganhos ao adotar a bicicleta como meio de transporte ou lazer.
Vale destacar que o estudo é observacional — ou seja, não prova relação direta de causa e efeito. Ainda assim, a associação é forte o suficiente para reforçar a importância do hábito. Além disso, trocar o carro pela bike em alguns trajetos traz vantagens não só para a mente, mas também para a saúde física, para o trânsito e até para o meio ambiente.
O recado dos pesquisadores é claro: quanto antes você incluir a bicicleta na rotina, maiores as chances de colher benefícios duradouros para o cérebro e a qualidade de vida.
📌 Com informações: JAMA Network Open