“Eu sou o Poze do Rodo”: MC Poze depõe em CPI sobre recuperação de carro roubado e alfineta deputado
O cantor MC Poze do Rodo compareceu à CPI da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro para depor sobre a recuperação relâmpago de sua Land Rover Defender blindada. Em depoimento, o artista atribuiu a rápida aparição do veículo à sua fama e alcançou o presidente da comissão, a quem acusou de considerá-lo um marginal

O cantor MC Poze do Rodo (Marlon Brendon Coelho Couto da Silva) compareceu à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O artista prestou depoimento como testemunha sobre a recuperação relâmpago de sua Land Rover Defender blindada, roubada em setembro. A rápida devolução do veículo levantou suspeitas sobre possíveis ligações com o crime organizado, tema da investigação.
Questionado sobre os motivos que levaram ao reaparecimento do automóvel em poucas horas, Poze não titubeou na resposta, atribuindo o fato à sua fama e influência.
“Meu carro apareceu porque eu sou o Poze do Rodo. Eu me acho uma pessoa foda, fenomenal.”
O cantor defendeu que o roubo de seu carro não seria sustentável devido à sua alta visibilidade.
“Tenho um Instagram com 16 milhões de pessoas e, por dia, mais de quatro milhões de pessoas me assistem nos stories todos os dias. Então, é óbvio, que quem me roubou, após ver toda a repercussão, não ficaria com o carro roubado”
Ele ainda frisou que o veículo é único e personalizado:
“O único carro do Rio de Janeiro que é vermelho por dentro e por fora, é todo personalizado, tem meu nome nos bancos. Para mim, é óbvio que, depois que eu postasse que ele foi roubado, ele iria aparecer. E ele não foi recuperado, foi largado… É meio óbvio ter sido devolvido, porque eu sou gigante”
O artista aproveitou o depoimento para alfinetar o presidente da comissão, o deputado Alexandre Knoploch (PL), que havia criticado publicamente o cantor.
“Muitas pessoas gostam disso [da fama], muitas pessoas discordam, inclusive o senhor, que deixou nítido nas redes sociais que eu sou um marginal. Não tem por que eu ficar dialogando com alguém que acha que eu sou algo que eu não sou. O senhor sabe da minha profissão real, sabe que fui preso e que me soltaram porque não conseguiram provar nada.”