EUA e China em Negociação Tensa Sobre Futuro Comercial em Londres
As duas potências globais buscam estender uma trégua comercial, mas o encontro é marcado por discordâncias sobre a exportação de metais estratégicos e o acesso a tecnologias

As tensões comerciais entre Estados Unidos e China estão novamente no centro das atenções globais. Representantes de ambos os países iniciaram uma nova e crucial rodada de negociações ontem, segunda-feira (9), em Londres. As conversas, que continuam ao longo de hoje, terça-feira (10), buscam superar as diferenças e prolongar a frágil trégua firmada há um mês, em Genebra.
A reunião ocorre no histórico Palácio de Lancaster House e é acompanhada de perto pelos mercados financeiros. Analistas, no entanto, mostram-se cautelosos, acreditando que este encontro pode ser menos produtivo que o anterior, onde foi acordada uma significativa redução de tarifas por 90 dias. O presidente americano, Donald Trump, comentou o andamento com otimismo moderado: “Estou recebendo bons relatos. Tudo está indo bem com a China. Mas a China não é fácil”.
A pauta do encontro é complexa. Do lado americano, a principal queixa é a lentidão da China em liberar a exportação de metais de terras raras e ímãs, matérias-primas essenciais para indústrias como a de veículos elétricos. Kevin Hasset, assessor econômico de Trump, afirmou que, embora Pequim tenha permitido as exportações, o ritmo está “muito mais lento do que as empresas consideram ideal”.
Já a delegação chinesa, liderada pelo vice-primeiro-ministro He Lifeng, busca concessões em outras áreas. Pequim quer que Washington reavalie as restrições à imigração de estudantes, facilite o acesso a tecnologias avançadas, especialmente microprocessadores, e abra o mercado americano para seus fornecedores de tecnologia.
Este encontro acontece após um recente aumento nas tensões, com acusações de que Pequim não estaria cumprindo totalmente os termos do acordo de Genebra, que previa a redução de tarifas americanas de 145% para 30% em troca de uma redução chinesa de 125% para 10%.
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