O Ministério Público do Paraná, por meio da Promotoria de Justiça de Manoel Ribas, ajuizou uma ação por ato de improbidade administrativa contra o ex-prefeito de Nova Tebas (gestões 2017–2020 e 2021–2024). A medida foi tomada após apuração que revelou que o ex-gestor cursou Medicina em período integral, de julho de 2021 a dezembro de 2023, em Campo Mourão — cidade a mais de 70 km de Nova Tebas — enquanto continuava recebendo normalmente seu salário como prefeito.

Segundo a investigação, o então prefeito permaneceu matriculado no curso por dois anos e meio, trancando apenas no fim de 2023. No entanto, durante todo esse período, seguiu recebendo remuneração do cargo público, além de diárias para compromissos oficiais, mesmo com incompatibilidade evidente de horários com a rotina universitária.

O prejuízo aos cofres públicos foi estimado em R$ 469.203,47 — sendo R$ 409.136,21 referentes aos salários pagos e R$ 60.067,26 em diárias. O MP destacou que tentou resolver a situação de forma extrajudicial, por meio de uma recomendação administrativa, que foi ignorada pelo ex-prefeito, que apenas solicitou prorrogação de prazo. A ação pede a condenação do ex-prefeito por improbidade administrativa, o que pode resultar em perda de direitos políticos, proibição de contratar com o poder público e o ressarcimento integral do dano causado ao erário. Com informações: Ministério Público do Paraná