Falcão peregrino resgatado no Paraná viajou mais de 7 mil km dos EUA

Durante a avaliação, os especialistas descobriram uma anilha de identificação na ave, revelando que ela veio de Ocean City, no Estado de Maryland, nos Estados Unidos, percorrendo aproximadamente 7.300 quilômetros até o Paraná

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Foto: Prefeitura de Nova Santa Rosa

Um falcão-peregrino (Falco peregrinus) ferido foi resgatado pelo Instituto Água e Terra (IAT) em um sítio de Nova Santa Rosa, no Oeste do Paraná. A ave foi encontrada com a asa quebrada pelo proprietário do imóvel, que acionou a Prefeitura e o órgão ambiental para garantir os cuidados necessários.

O falcão foi encaminhado para a clínica veterinária da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em Palotina, onde está recebendo tratamento. Durante a avaliação, os especialistas descobriram uma anilha de identificação na ave, revelando que ela veio de Ocean City, no Estado de Maryland, nos Estados Unidos, percorrendo aproximadamente 7.300 quilômetros até o Paraná.

O professor Anderson Luiz de Carvalho, da UFPR, responsável pelo tratamento, ressaltou que a longa migração do falcão não é incomum, pois essa espécie costuma viajar para a América do Sul durante o inverno no Hemisfério Norte em busca de alimento. No entanto, o fato de o animal estar anilhado chama a atenção dos pesquisadores. “Esses falcões geralmente fazem ninhos em locais montanhosos e de difícil acesso, o que torna raros os registros de aves anilhadas desde o ninho. Esse resgate foi recebido com muita alegria pelos pesquisadores nos Estados Unidos”, afirmou.

O falcão-peregrino é conhecido por ser a ave mais rápida do mundo, podendo atingir até 320 km/h em um mergulho – uma velocidade comparável à de um carro de Fórmula 1. Ele se alimenta de aves, morcegos, pequenos mamíferos e, ocasionalmente, peixes e insetos. Além disso, possui uma plumagem característica, com tons de cinza-azulado no dorso e asas, cabeça preta-cinza com um “bigode” escuro e bico de base amarela.

Agora, os especialistas monitoram a recuperação da ave para definir se ela poderá ser devolvida ao seu habitat natural, marcando mais um avanço na preservação da fauna silvestre no Paraná. Com informações AEN

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Redação Paiquerê FM News

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