Família de síndico morto em Londrina contesta pena de condenados e avalia pedir aumento da sentença
A filha da vítima, Stéfani Allio, que é advogada, considerou a condenação uma vitória, mas classificou a pena como branda diante da gravidade do crime

Após a condenação de Bruna Monteiro e Ricardo dos Santos de Paula pela morte do síndico Adriano Allio, de 57 anos, a família da vítima afirmou que irá recorrer da decisão judicial para solicitar o aumento da pena. O julgamento ocorreu nesta quinta-feira (15) em Londrina, e terminou com penas de 14 e 12 anos de prisão, respectivamente, para os réus.
A filha da vítima, Stéfani Allio, que é advogada, considerou a condenação uma vitória, mas classificou a pena como branda diante da gravidade do crime. “O fato de estarem respondendo já nos traz um alívio, mas o tempo de prisão é muito pouco. Esperávamos a condenação com todas as qualificadoras do processo”, afirmou. Durante o júri, duas qualificadoras foram retiradas: o uso de fogo como causa da morte e o motivo torpe, já que o tribunal entendeu que não houve interesse patrimonial comprovado.
A decisão dos jurados não foi unânime: quatro votos a favor da condenação e três contrários. Para Stéfani, isso pode ter sido influenciado por uma nova alegação feita por Bruna durante o julgamento, segundo a qual Adriano teria pedido que ela fingisse ser mãe de um filho dele para facilitar a divisão de bens. “Ela trouxe essa informação de forma muito bem encenada, o que pode ter gerado dúvida nos jurados”, avaliou.
Stéfani também destacou que o suposto noivado alegado por Bruna foi desconhecido pela família. Ela teve apenas dois contatos com a acusada e disse que nunca foi informada sobre tal relacionamento. A família agora avalia entrar com recurso para revisar as qualificadoras retiradas e buscar um acréscimo na pena dos condenados. “O fato dela ter saído presa do tribunal já é um alívio. Porém, diante do que fizeram com ele, achamos que a pena é pequena. Vamos continuar buscando justiça”, declarou a filha.