Fenômeno raro ilumina céu da Austrália

Um fenômeno atmosférico raro, conhecido como duende vermelho, foi registrado no céu de Brisbane, na Austrália. O evento ocorreu acima de uma tempestade intensa e durou apenas milissegundos. O registro contribui para estudos sobre a eletricidade atmosférica e ajuda cientistas a compreender melhor processos que ocorrem nas camadas superiores da atmosfera

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Um fenômeno atmosférico raro iluminou o céu da Austrália no dia 23 de novembro de 2025. Um duende vermelho foi fotografado sobre o subúrbio de Acacia Ridge, em Brisbane, pelo observador climático Tony Surma-Hawes. Ele registrava relâmpagos de uma tempestade quando, ao revisar as imagens, percebeu um breve clarão avermelhado acima das nuvens. O brilho durou cerca de 10 milissegundos, tempo típico desse tipo de evento.

Os duendes vermelhos fazem parte dos chamados eventos luminosos transitórios, que ocorrem na mesosfera, entre aproximadamente 50 e 90 quilômetros de altitude. Eles surgem quando descargas elétricas muito intensas — geralmente relâmpagos positivos de nuvem para o solo — geram um campo elétrico capaz de excitar moléculas de nitrogênio na atmosfera superior. Essa excitação produz um brilho vermelho ou alaranjado visível por frações de segundo.

A aparência desses fenômenos varia bastante. Alguns se apresentam como colunas finas, outros como ramificações semelhantes a raízes ou filamentos, e há registros com formas mais arredondadas e em camadas. A diversidade depende da intensidade da descarga elétrica e das condições atmosféricas no momento da formação.

A observação direta de duendes vermelhos é rara por três motivos principais: a duração extremamente curta, a grande altitude em que ocorrem — acima das nuvens de tempestade — e o brilho relativamente fraco, facilmente ofuscado por relâmpagos comuns ou pela iluminação urbana. Por isso, muitos registros só são identificados após análise detalhada de fotografias feitas com exposição prolongada.

Do ponto de vista científico, o registro feito em Brisbane é relevante. Observações desse tipo ajudam pesquisadores a entender melhor a dinâmica elétrica da atmosfera e a relação entre tempestades severas e descargas em altitudes elevadas. Cada imagem contribui para validar modelos que tentam explicar por que apenas algumas tempestades produzem duendes vermelhos.

Apesar dos avanços, ainda há muito a descobrir. Cientistas investigam quais fatores determinam a formação desses fenômenos, como a intensidade mínima das descargas, variações de pressão atmosférica e o tipo de tempestade envolvido. O registro na Austrália reforça que, mesmo durando apenas milissegundos, os duendes vermelhos seguem oferecendo pistas valiosas sobre os processos elétricos que acontecem acima das nuvens.

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