A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou hoje (20), o Boletim InfoGripe, confirmando que o vírus sincicial respiratório (VSR) continua sendo a principal causa de internações em crianças com até 2 anos de idade no Brasil, apesar de já ter sido identificada uma queda em algumas regiões. O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, destacou que alguns estados já apresentam sinais de desaceleração do avanço do VSR, mas ainda há expansão nos estados do Rio Grande do Sul, Norte e Nordeste.

O relatório se refere à semana epidemiológica 14, que compreende o período de 2 a 8 de abril, e indica que em 16 dos 27 estados brasileiros há um sinal de aumento no número semanal de novos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), que são internações relacionadas a infecções respiratórias. Entre os principais vírus que estão circulando atualmente no Brasil, Gomes destacou que, mesmo nos casos que estão tendo sinais de crescimento nas internações por infecções respiratórias, a covid-19 começa a dar indícios de redução no seu registro, embora continue sendo a principal causa de internação por problema respiratório na população adulta.

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Gomes ressaltou a importância de a população se vacinar contra a gripe, já que os casos associados aos vírus influenza A e B continuam aumentando em diversas regiões. Ele também observou que a evolução dos casos associados ao vírus influenza A e B sugere a importância de manter a vacinação em dia contra a covid-19.

O boletim revelou que, nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência foi de 5,7% para influenza A, 5,5% para influenza B, 47,2% para VSR e 33,9% para Sars-CoV-2 (covid-19). O crescimento dos casos de SRAG é mais relevante em alguns estados, como Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

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O boletim também identificou que dez das 27 capitais brasileiras têm um crescimento de SRAG na tendência de longo prazo, com manutenção de crescimento significativo entre as crianças em algumas delas, enquanto outras revelam evolução de casos na população adulta, em decorrência da covid-19 e dos vírus influenza A e B.

Com informações da Agência Brasil.