Fofoca faz bem? Estudo aponta que compartilhar segredos fortalece laços e gera confiança
Pesquisadores de Stanford e Maryland dizem que fofocar pode melhorar relações sociais — desde que seja verdade

Ao contrário do que muitos pensam, fofocar pode ter um papel importante na construção da confiança entre as pessoas. É o que aponta um estudo recente das universidades de Stanford e Maryland, nos Estados Unidos, publicado no periódico PNAS. Segundo os pesquisadores, compartilhar informações sobre terceiros — desde que verdadeiras — ajuda a fortalecer laços sociais e cria vínculos de confiança.
O estudo, intitulado Explicando a evolução da fofoca, revelou que ao contar um “segredinho” para alguém, a pessoa também está testando em quem pode confiar. Isso reforça conexões sociais, criando um senso de pertencimento e colaboração.
Pesquisas anteriores já mostravam que o ser humano dedica, em média, 52 minutos por dia à prática da fofoca. Mas os pesquisadores americanos alertam que esse hábito só é positivo quando não envolve mentiras ou boatos, já que a desinformação pode prejudicar reputações e romper relações.
Os cientistas ainda criaram robôs virtuais que simulavam interações sociais com base em fofocas. Ao final dos testes, cerca de 90% dos robôs optaram por fofocar como estratégia de cooperação. O experimento mostrou que a fofoca serve como ferramenta para espalhar informações sobre reputações, incentivando comportamentos mais éticos e altruístas — justamente para evitar ser o alvo da próxima conversa.
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