Galos resgatados em possível rinha são doados; dono nega prática e se apresenta à polícia
As autoridades ressaltam que o cenário encontrado, estrutura de rinha, itens de preparo, registros de animais e ferimentos compatíveis, reforça a suspeita de atividade ilegal

Os galos resgatados em um terreno no Jardim Aparecidinha, zona norte de Londrina, na terça-feira (2), foram encaminhados à Secretaria Municipal do Ambiente (SEMA) e quase todos já foram doados a produtores rurais. O responsável pelo local, onde a Guarda Municipal encontrou estrutura que aparenta rinha, apresentou-se à Polícia Civil e negou qualquer prática ilegal.
Ao receber a denúncia — inicialmente relacionada a tráfico de drogas — a Guarda Municipal encontrou viveiros, gaiolas, pintinhos, medicamentos e materiais usados em combates. Também havia anotações com nomes de animais e identificação de proprietários. Segundo a corporação e a SEMA, muitos dos 42 galos resgatados mostravam sinais claros de briga, como ferimentos e esporas serradas, típicas de preparação para rinhas.
A SEMA enviou equipes ao local e resgatou os 42 galos, enquanto galinhas, pintinhos e frangos foram deixados na propriedade por não apresentarem sinais de maus-tratos. A secretaria explicou que mantém cadastro de agricultores aptos a receber animais e que a maioria das aves já foi encaminhada a famílias da região da Fazenda Nata e do Limoeiro. Apenas quatro galos ainda aguardam novos tutores. Um deles segue em avaliação veterinária devido à gravidade dos ferimentos.
Apesar dos indícios, o dono do imóvel se apresentou espontaneamente à 10ª Subdivisão Policial (SDP) nesta terça-feira (2). A defesa afirma que as aves eram criadas apenas para reprodução e alimentação e que documentos foram entregues para comprovar a finalidade da criação. As autoridades, porém, ressaltam que o cenário encontrado — estrutura de rinha, itens de preparo, registros de animais e ferimentos compatíveis — reforça a suspeita de atividade ilegal. A investigação prossegue.

