Gênios da Sobrevivência: Cães de Chernobyl Estão Evoluindo para Viver com Radiação

Cientistas analisaram cães que vivem na zona de exclusão de Chernobyl e descobriram que os animais desenvolveram adaptações genéticas para lidar com a radiação. O estudo encontrou alterações em centenas de genes ligados a reparo de DNA e respostas imunológicas, sugerindo que esses cães estão evoluindo para se tornarem mais resistentes aos efeitos da contaminação

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Divulgação Paiquerê FM

A tragédia nuclear de Chernobyl, em 1986, marcou a história, mas também criou um laboratório natural de adaptação biológica. Mais de três décadas depois do desastre, pesquisadores da Universidade da Carolina do Sul, em colaboração com o National Human Genome Research Institute, analisaram mais de 300 cães que vivem dentro e nos arredores da zona de exclusão e fizeram uma descoberta surpreendente: os animais parecem estar evoluindo para se tornarem mais resistentes à radiação.

O estudo, publicado na prestigiada revista Science Advances, analisou o genoma desses cães e identificou variações em cerca de 390 regiões genéticas. As alterações estão diretamente ligadas a processos de reparo do DNA e respostas imunológicas. As descobertas sugerem que a exposição crônica à radiação pode ter impulsionado a seleção natural, favorecendo os cães que desenvolveram mecanismos biológicos para mitigar os danos genéticos causados pela contaminação.

A pesquisa liderada por Elaine Ostrander e Timothy Mousseau oferece uma perspectiva única sobre a evolução em tempo real. Os cães de Chernobyl, que descendem de animais de estimação abandonados após a evacuação da região, não só sobreviveram em um ambiente hostil, mas podem estar passando por mudanças genéticas que lhes permitem prosperar. A análise do DNA desses animais pode fornecer informações cruciais para a compreensão dos efeitos da radiação em longo prazo e como organismos podem se adaptar a condições ambientais extremas.

Apesar da resiliência demonstrada, a pesquisa também ressalta as complexidades do ecossistema de Chernobyl e o impacto da nossa própria existência.

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