O governo federal oficializou nesta quinta-feira (29) o Assentamento Maila Sabrina, em uma área de 10,6 mil hectares da antiga Fazenda Brasileira, nos municípios de Ortigueira e Faxinal, no Paraná. A iniciativa vai beneficiar 450 famílias, com um investimento de R$ 304 milhões. Durante o evento, o presidente Lula destacou a importância de transformar terras degradadas em locais de produção de alimentos, reforçando que mais produtores no campo significam alimentos melhores, mais baratos e menos fome.

A área é ocupada desde 2003 por famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que enfrentaram vários processos de despejo. Atualmente, essas famílias produzem grãos, frutas, hortaliças e criam pequenos animais, gerando uma produção anual de 21 toneladas de frutas e 110 mil sacas de grãos e cereais, além de outros alimentos. A criação do assentamento só foi possível após um acordo judicial, que encerrou a disputa pela posse da terra. Com a regularização, os moradores terão acesso a crédito, assistência técnica e programas de apoio à produção, como o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar).

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou que a reforma agrária é um direito garantido na Constituição e que a luta dos trabalhadores rurais ajuda a lembrar o país desse compromisso. A iniciativa faz parte do programa Terra da Gente, que busca acelerar a reforma agrária. Desde 2023, já foram destinados mais de 15 mil lotes. A meta é chegar a 60 mil novas famílias assentadas até 2026.

Além disso, o governo anunciou parcerias com Itaipu Binacional para comprar alimentos da agricultura familiar e oferecer assistência técnica a agricultores do Paraná e Mato Grosso do Sul, com investimento de R$ 50 milhões. Ainda foram destinados cerca de R$ 52 mil reais para sistemas de irrigação do Assentamento Eli Vive, em Londrina, e mais de 1 milhão de reais para ajudar 142 mulheres da mesma comunidade a começar a produzir. Com informações Agência Brasil