Educadores ouvidos pela Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados afirmaram, ontem (20), que a instalação de detectores de metal e segurança armada nas instituições de ensino não resolve o problema da violência nas escolas, podendo, inclusive, estimulá-la.

O professor de Educação da Universidade de São Paulo, Daniel Cara, defendeu que o ambiente escolar seja democrático e saudável como a melhor forma de prevenção. Ele também citou a correlação entre espaços degradados e aumento da violência, destacando que o Brasil é o segundo país do mundo com mais casos de ataque a escolas, perdendo apenas para os Estados Unidos.

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A professora da Universidade de Brasília, Catarina de Almeida, destacou que a experiência dos Estados Unidos mostra que transformar a escola em prisão não é eficaz e que as forças de segurança devem focar principalmente em inteligência, já que os ataques são organizados pela internet.

A solução para a violência escolar depende de mudanças culturais, segundo os debatedores. Catarina de Almeida ressaltou ainda que o crescimento da violência escolar acompanha o aumento do número de armas em circulação no País. De acordo com a docente, a população civil brasileira já tem um arsenal sete vezes e meia maior que aquele que está nas mãos das forças de segurança.

Fonte: Agência Câmara de Notícias.