Homem é condenado a 33 anos por matar ex-sogra que tentou defender a filha, em Londrina
Julgamento ocorreu no Dia Internacional pelo Fim da Violência contra a Mulher e foi o primeiro da cidade aplicado sob a nova lei que torna o feminicídio crime autônomo

O Tribunal do Júri de Londrina condenou Diego Granada a 33 anos de prisão pela morte de Cibele de Assis, de 45 anos, assassinada em novembro de 2024 no Residencial Vista Bela, na Zona Norte. Cibele foi morta ao tentar proteger a filha, que sofria violência doméstica. O caso ganhou grande repercussão pela brutalidade do crime e pela atuação da mãe ao tentar impedir mais uma agressão.
O julgamento ocorreu nesta segunda-feira (25), Dia Internacional pelo Fim da Violência contra a Mulher. Esta foi a primeira sessão de júri popular em Londrina realizada com base na nova legislação que transforma o feminicídio em crime autônomo (Lei nº 14.994/2024), ampliando penas e circunstâncias qualificadoras.
O Observatório de Feminicídios de Londrina (Néias), que acompanhou o julgamento, ressaltou a importância do reconhecimento do feminicídio mesmo sem vínculo amoroso direto entre a vítima e o agressor. Para o grupo, a decisão representa um marco no enfrentamento à violência contra mulheres e na aplicação da nova lei no município.

