Homem morre após invadir recinto de leoa em zoológico de João Pessoa; animal não será sacrificado

Jovem de 19 anos escalou muro, ultrapassou grades e foi atacado; autoridades descartam falha na estrutura do parque

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Um jovem de 19 anos morreu após ser atacado por uma leoa no zoológico Parque Arruda Câmara (Bica), em João Pessoa, na Paraíba, no domingo (30). A vítima foi identificada como Gerson de Melo Machado. De acordo com a prefeitura e com imagens analisadas pelas autoridades, o rapaz invadiu deliberadamente o recinto do animal, ao escalar um muro de mais de seis metros, ultrapassar grades de segurança e acessar a área restrita por meio de uma árvore.

Como ocorreu o ataque

Segundo as informações apuradas, ao descer do tronco da árvore dentro do recinto, o jovem foi imediatamente atacado pela leoa, que o atingiu na região do quadril e o arrastou para o chão. Ele ainda tentou se desvencilhar, mas sofreu novos ataques. O socorro foi acionado, porém Gerson não resistiu aos ferimentos.

Causa da morte

O Instituto de Medicina Legal (IML) de João Pessoa confirmou que a morte ocorreu por hemorragia provocada pela perfuração de vasos cervicais. Os ferimentos foram considerados graves e incompatíveis com a sobrevivência, e o óbito aconteceu ainda dentro do recinto.

Zoológico afirma que estrutura estava dentro das normas

A administração do Parque da Bica informou que o recinto da leoa atendia aos padrões técnicos de segurança. O veterinário responsável, Thiago Nery, explicou que o local possui muros com mais de dois metros de altura e uma borda negativa de 1,5 metro, estrutura projetada para impedir aproximações externas.

“Tem algumas coisas que a gente não consegue prever, porque fogem totalmente da normalidade”, afirmou o veterinário.

Segundo a direção, não houve falha estrutural ou operacional.

Histórico de saúde mental do jovem

A conselheira tutelar Verônica Oliveira, que acompanhava o caso, informou que Gerson tinha diagnóstico de esquizofrenia e deficiência intelectual, identificados ainda na adolescência. Ela relatou que o jovem apresentava surtos frequentes e manifestava o desejo de ir para a África para “domar leões”.

Ainda segundo o relato, em outra ocasião, Gerson chegou a ser encontrado tentando viajar clandestinamente no trem de pouso de um avião com destino ao continente africano. As autoridades acreditam que a invasão ao zoológico ocorreu durante um episódio de surto.

Leoa não será sacrificada

A leoa, chamada Leona, foi retirada do recinto e encaminhada para uma área isolada para avaliação. Em nota oficial, o zoológico informou que o animal não será sacrificado, pois o ataque ocorreu após invasão humana em área restrita.

“A Leona está saudável, não apresenta comportamento agressivo fora do contexto ocorrido e não será sacrificada. O protocolo prevê monitoramento, avaliação comportamental e cuidados especializados”, diz o comunicado.

A decisão segue protocolos internacionais, que orientam que o animal não deve ser penalizado quando não há falha humana ou estrutural e a ocorrência se dá por invasão indevida.

Repercussão e investigação

O caso gerou grande repercussão nacional e reacendeu debates sobre saúde mental, segurança em locais de risco e prevenção de incidentes. A polícia segue apurando os detalhes e deve incluir no relatório final informações de familiares, conselheiros tutelares e funcionários do zoológico.

O Parque da Bica segue funcionando normalmente, mas o recinto onde ocorreu o ataque permanece interditado. A administração informou que irá reforçar a sinalização e comunicação de riscos, além de revisar rotinas de vigilância como medida preventiva.


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