Homônimos nascidos no mesmo dia convivem há 20 anos com CPF duplicado

Moradores do Paraná e do Rio Grande do Sul relatam transtornos em aposentadoria, contas bancárias e até registros de dívidas

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Foto: Arquivo Pessoal

Um erro na emissão de documentos transformou a vida de dois brasileiros em um longo impasse burocrático. Gilmar José da Silva, morador de Maringá (PR), e outro homem com o mesmo nome, natural de Arroio do Tigre (RS), ambos nascidos em 11 de setembro de 1963, compartilham o mesmo número de CPF desde 2005. A coincidência incomum resultou em duplicidade de registros, que há duas décadas gera transtornos para os dois. Hoje aposentados — um por tempo de contribuição e o outro por acidente de trabalho — eles chegaram a disputar sem saber o mesmo benefício previdenciário.

Apesar da irregularidade, durante anos os dois conseguiram abrir contas bancárias, votar e movimentar recursos do INSS, algo que os órgãos de controle afirmam ser tecnicamente impossível. A confusão, no entanto, trouxe consequências graves: atribuição incorreta de bens, descontos indevidos em contas, dívidas lançadas em nome do outro e até negativação no sistema de crédito. “Perdi três meses de aposentadoria, tive dinheiro retirado da minha conta e ainda fiquei sem meu CPF por alguns dias. Isso já nos causou muito constrangimento”, relata o Gilmar paranaense.

Para tentar resolver a situação, ele buscou auxílio da Receita Federal, do INSS e de advogados, além de registrar boletins de ocorrência. Em um deles, o caso chegou a ser investigado na delegacia de estelionato, diante da suspeita de fraude. Até hoje, no entanto, o problema nunca foi solucionado de forma definitiva.

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Redação Paiquerê FM News

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