Após 15 anos de prisão, Francisco Mairlon Barros Aguiar deixou o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, na madrugada desta quarta-feira (15), depois de ser inocentado por decisão unânime do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Condenado como um dos executores do chamado “Crime da 113 Sul”, ocorrido em 2009, Mairlon foi preso em 2010, aos 22 anos, e saiu do presídio aos 37. Ele foi recebido com abraços da família e escoltado pelos advogados.

O caso envolveu o assassinato do ex-ministro do TSE José Guilherme Villela, sua esposa Maria Carvalho e a empregada da família Francisca Nascimento, mortos a facadas no apartamento onde moravam, em uma área nobre de Brasília. Na decisão divulgada nesta terça (14), o STJ anulou todo o processo desde o início, trancou a ação penal e determinou a soltura imediata do ex-réu. Em entrevista à TV Globo, Mairlon declarou: “O dia mais feliz da minha vida está sendo hoje. Tenho gratidão à minha família, aos advogados, à ONG Innocence e aos ministros que acreditaram em mim. É um momento de êxtase que ninguém pode imaginar.”