A Polícia Militar do Paraná concluiu que o cabo Jader Camilo cometeu uma “transgressão disciplinar” ao atacar uma mulher com tapas, chutes, puxões de cabelo e arrastá-la durante uma abordagem em Itambaracá (PR). Após o episódio, o policial militar foi afastado pela corporação e remanejado “para outra função”. Ele responde a outros processos por agressão. A investigação foi conduzida pelo 18º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo policiamento na região, e foi concluída em 19 de setembro, menos de um mês após o incidente.
De acordo com o relatório, “há provas robustas de crime militar e de transgressão disciplinar” cometidos pelo cabo Jader Camilo, que foi responsabilizado pelos danos causados durante a ação. O comandante interino do 2º Comando Regional da PM, tenente-coronel Walter João Marques Luiz, classificou a conduta do policial como “grave” e homologou o resultado da apuração.
As agressões foram registradas por uma testemunha e o vídeo ganhou as redes sociais. Os responsáveis pelo inquérito destacaram que a gravação ainda não foi considerada como “prova fidedigna e sem violência”, uma vez que o celular ainda não foi periciado pelo Instituto de Criminalística . Segundo o relatório, a perícia é necessária para comprovar que o vídeo de 1 minuto e 13 segundos reflete fielmente o ocorrido, sem cortes ou edições.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública informou que o Inquérito Policial Militar foi encaminhado para o Ministério Público vinculado a Justiça Militar Estadual para análise criminal. Segundo nota da secretaria, os policiais serão investigados em um processo administrativo disciplinar, “respeitando o contraditório e a ampla defesa com o objetivo de verificar a capacidade dos envolvidos em permanecer ou não integrando as fileiras da corporação”.
