Inquérito militar conclui que PMs agiram em legítima defesa em caso que resultou na morte de dois jovens em Londrina
Relatório aponta indícios de crime, mas considera ação dos policiais como legal; Ministério Público ainda pode pedir nova análise

Foi concluído o inquérito militar que investigava a conduta de três policiais militares envolvidos na abordagem que terminou com a morte de Kelvin dos Santos, de 16 anos, e Wender da Costa, de 20, em Londrina (PR). O relatório apontou “indícios de crime”, mas descartou transgressão disciplinar, entendendo que os agentes agiram dentro dos parâmetros da obrigação militar. De acordo com o documento, os disparos feitos pelos policiais ocorreram em “legítima defesa e estrito cumprimento do dever legal”, o que configura excludente de ilicitude. A versão apresentada por familiares dos jovens, que apontavam para uma possível execução, não foi comprovada, segundo o inquérito.
A investigação considerou que os depoimentos dos policiais estavam alinhados com as imagens de câmeras e as perícias realizadas no local da ocorrência. Com isso, o 3º Comando Regional da Polícia Militar entendeu que não houve violação de conduta. O caso será agora analisado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), que pode solicitar novas diligências ou acatar o resultado. Em seguida, o processo será encaminhado à Justiça Militar Estadual. Ainda não há data definida para a sentença.
Os policiais envolvidos voltaram ao serviço após passarem por acompanhamento psicológico. A defesa das famílias, por sua vez, declarou em nota que a avaliação “diverge completamente do contexto fático” e que mantém “firme a convicção de que a verdade prevalecerá e a justiça será feita”. Paralelamente, a Polícia Civil do Paraná segue com investigação própria sobre o caso. Com informações de G1.