
Após dias de negociações mediadas por Catar, Egito e Estados Unidos, Israel e Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo nesta quarta-feira (15), conforme revelado uma autoridade à agência Reuters. A trégua foi confirmada por representantes de ambas as partes e celebrada internacionalmente como um passo para a paz. O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou em sua rede social, Truth Social, afirmando: “Nós temos um acordo para os reféns no Oriente Médio. Eles serão libertados em breve”.
O primeiro passo do acordo prevê um cessar-fogo inicial de seis semanas e a libertação de 33 reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos. Durante esse período, as tropas israelenses deverão se retirar gradualmente do centro de Gaza, permitindo o retorno de palestinos deslocados ao norte do enclave. Na segunda fase, será discutida a libertação dos reféns restantes, um cessar-fogo permanente e a retirada completa das forças israelenses. O site “Axios” estimou que 98 reféns israelenses ainda estão vivos sob o controle do Hamas.
Controvérsias e negociações finais
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, inicialmente negou que o Hamas tivesse aceitado a proposta, mas, horas depois, o grupo palestino confirmou à rede Al Jazeera que entregou sua aprovação aos mediadores. A Associated Press relatou que algumas divergências ainda permanecem em pontos específicos, mas Antony Blinken, Secretário de Estado dos EUA, afirmou à CNN que o acordo pode ser implementado “nas próximas horas”.
Outra questão que segue em debate é quem governará Gaza após uma guerra. Israel descartou o retorno do Hamas ao poder e tem ressalvado quanto ao controle pela Palestina. O primeiro-ministro palestino, Mohammad Mustafa, declarou que a Autoridade Palestina deveria assumir a administração da região, uma posição instalada por Blinken. O ministro israelense Gideon Saar retornou ao país para participar das discussões no Gabinete de Segurança, que finalizarão os detalhes do acordo.