Luca Trapanese, um italiano gay e solteiro, comoveu o mundo ao adotar Alba, uma bebê com síndrome de Down que já havia sido rejeitada por mais de 20 famílias. A adoção aconteceu em julho de 2017, quando Alba tinha apenas 13 dias de vida. Luca não hesitou ao receber a ligação informando sobre a criança e correu para o hospital. “Senti nesse instante que ela era minha filha”, contou.

A trajetória de Luca com o acolhimento e cuidado começou cedo. Aos 14 anos, ele acompanhou um amigo com câncer terminal, experiência que o sensibilizou profundamente. A partir disso, passou a atuar como voluntário em igrejas e instituições para pessoas com deficiência, o que moldou seu desejo de um dia ser pai.

Durante sua vida, Luca tentou o sacerdócio, se apaixonou, fundou uma ONG para pessoas com deficiência e chegou a ser adotado simbolicamente por uma senhora preocupada com o futuro do filho com deficiência intelectual. Mesmo após o fim de seu relacionamento, o sonho de adotar permaneceu firme.

Quando a legislação italiana passou a permitir a adoção por solteiros, ele se candidatou, consciente de que receberia apenas perfis de crianças com doenças ou deficiências graves. “Eu estava completamente de acordo. Sabia que tinha recursos emocionais para lidar com isso.”

Hoje, Alba é uma menina alegre, teimosa e cheia de energia. Luca compartilha que a filha transformou sua vida e que sente um amor genuíno e incondicional por ela. “Tenho orgulho de ser o pai dela. Ela nunca foi minha segunda opção. Eu a quis de verdade.”

A história de Luca e Alba quebra estereótipos sobre família, paternidade e inclusão, e mostra que o amor é maior do que qualquer estrutura tradicional.

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