O Instituto Água e Terra (IAT) está promovendo a redução de javalis em Londrina (PR) para conter a fiscalização da espécie, que não é nativa do Brasil e representa riscos ao meio ambiente e à segurança da população. Monitorados desde 2019 pela ONG Meio Ambiente Equilibrado (MAE) e, posteriormente, pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), os porcos selvagens causam danos ambientais significativos na região, especialmente na unidade de conservação Mata dos Godoy.

Originários da Europa, Ásia e África, os javalis foram lançados no Brasil na década de 1970 para caça e consumo de carne. Segundo Patrícia Calderari, gerente de biodiversidade do IAT, além de serem agressivos e oferecerem riscos aos seres humanos, esses animais podem transmitir doenças e impactar a fauna e a flora locais, alterando nascentes e promovendo cruzamentos com espécies nativas.

O abate é realizado por Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs) devidamente autorizados pelo Exército Brasileiro e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ​​(Ibama), em conformidade com o Decreto 11.615. Para transportar os javalis às armadilhas, são utilizados milho e sal, garantindo um processo controlado e minimizando o sofrimento dos animais.

O descontrole populacional desses animais também preocupa outros estados, como São Paulo, onde medidas semelhantes de contenção foram debatidas para evitar impactos ambientais e prejuízos a produtores rurais.