Jonathan, a tartaruga de 192 anos, é o animal terrestre mais velho do mundo

Símbolo de longevidade e resistência, Jonathan vive na Ilha de Santa Helena e já superou até a expectativa de vida de sua espécie

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Foto: Reprodução/Saint Helena’s Info/British Veterinary Association

Jonathan, uma tartaruga-gigante-de-Aldabra, é hoje o animal terrestre mais velho conhecido no planeta. Com impressionantes 192 anos, ele vive na Ilha de Santa Helena, território britânico no Atlântico Sul, onde recebe cuidados especiais em uma mansão georgiana. Desde 1882, quando chegou como presente ao então governador Sir William Gray-Wilson, Jonathan tem sido testemunha viva de quase dois séculos de história.

Reconhecido pelo Guinness World Records desde 2019, o animal se tornou um verdadeiro ícone da biologia e da preservação ambiental. Sua espécie, originária das Seychelles, já foi considerada extinta e hoje conta com cerca de apenas 80 exemplares em todo o mundo. Apesar da idade avançada e de já ter perdido a visão e o olfato, Jonathan segue ativo, com audição perfeita e muita disposição.

O responsável por sua recuperação é o veterinário Joe Hollins, que desde 2009 implementou uma dieta rica em frutas e vegetais como maçã, banana, cenoura e pepino, garantindo as calorias necessárias para manter sua vitalidade. A dedicação de Hollins reverteu o quadro de desnutrição que Jonathan apresentava na época e, desde então, o animal vem se recuperando bem.

Jonathan não é apenas um símbolo da ciência — ele também é uma celebridade. Já apareceu em selos, moedas comemorativas e até inspirou histórias de amor, como a de um casal americano que ficou noivo ao lado da tartaruga.

A longevidade da espécie chama a atenção da comunidade científica. As tartarugas-gigantes-de-Seicheles normalmente vivem até 150 anos, o que torna Jonathan um caso extraordinário, até mesmo comparado a Jeanne Calment, a pessoa mais velha da história, que viveu até os 122 anos.

Esse fenômeno de vida longa não é exclusividade das tartarugas. No reino animal, existem outras espécies que também desafiam o tempo. Entre os campeões de longevidade estão a esponja-do-mar (até 11.000 anos), o quahog-do-oceano (507 anos), o tubarão-da-Groenlândia (500 anos), a baleia-da-Groenlândia (mais de 200 anos), entre outros.

A explicação para vidas tão longas envolve uma combinação de fatores como metabolismo lento, ambientes frios, ausência de predadores naturais, mecanismos eficientes de reparo celular e estratégias reprodutivas que priorizam a sobrevivência ao longo prazo. Além disso, animais maiores geralmente têm menos desgaste físico e são mais resistentes a doenças.

Jonathan, com sua história única, não apenas surpreende a ciência, mas também emociona o público. Ele é a prova viva de como a natureza, quando respeitada e bem cuidada, pode nos ensinar sobre resiliência, adaptação e o verdadeiro significado de envelhecer com dignidade.

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