O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) negou o pedido de liberdade provisória de Hyan Felipe da Silva Castilho, de 20 anos, acusado de matar a policial militar Jéssyca Layla Calmon dos Santos, de 26 anos, em um acidente na madrugada do Dia das Mães, 11 de maio, em Santa Cecília do Pavão. Na decisão, o juiz Felipe de Souza Pereira destacou que o réu “transformou o domingo em um dia sombrio”. Segundo o magistrado, a conduta de Hyan fez com que sua mãe “recebesse a notícia de que seu filho estava preso por atropelar e matar uma policial”, enquanto a mãe de Jéssyca teve de “receber sua filha em um caixão, em pleno Dia das Mães”.

Hyan permanece preso preventivamente e é réu por homicídio qualificado, com o agravante de meio que dificultou a defesa da vítima, denúncia feita pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) no dia 20 de maio e aceita pela Justiça. A defesa argumentou que ele é réu primário, tem residência fixa e trabalho, e deve agora apresentar um pedido de habeas corpus.

Na decisão, o juiz afirmou que ter trabalho e moradia “é obrigação mínima”, e que o caso exige responsabilidade com a vida alheia. O magistrado ainda ressaltou que Jéssyca havia acabado de sair de um turno de trabalho na Festa da Emancipação de Nova Santa Bárbara, onde atuava para garantir a segurança – inclusive do próprio acusado, que estaria participando do evento.

Segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o carro dirigido por Hyan colidiu com a motocicleta pilotada por Jéssyca na PR-090. A vítima foi encontrada caída na pista, a cerca de 20 metros do veículo. Uma equipe do SAMU esteve no local, mas a policial morreu na hora. Ainda de acordo com a polícia, Hyan apresentava sinais evidentes de embriaguez, incluindo hálito etílico, fala desconexa, andar cambaleante e olhos avermelhados, conforme relataram os policiais que atenderam a ocorrência. Ele foi preso no local.