Lei de Diretrizes Orçamentárias é debatida em audiência pública na Câmara de Londrina
Os interessados podem fazer manifestações, sugestões ou críticas ao projeto, por escrito, até as 23h59 desta terça-feira (10), pelo site da Câmara de Londrina, na aba Atendimento/ Protocolo Online ou presencialmente na sede da CML, no Centro Cívico

Com a participação da população, vereadores e representantes da Prefeitura, a Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal de Londrina (CML) realizou audiência pública em que foi debatido o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do Município de Londrina para o ano de 2026 (PL nº 70/2025). O evento ocorreu na noite de segunda-feira (09), na Sala de Sessões do Legislativo, e foi transmitido pelos canais da CML no YouTube e no Facebook.
Os interessados podem fazer manifestações, sugestões ou críticas ao projeto, por escrito, até as 23h59 desta terça-feira (10), pelo site da Câmara de Londrina, na aba Atendimento/ Protocolo Online ou presencialmente na sede da CML, no Centro Cívico. Agora, será aberto prazo regimental para os vereadores apresentarem emendas (alterações) ao projeto e, em seguida, ele seguirá para votação em segundo turno. No último dia 13 de maio a proposta já havia sido aprovada pelo plenário da CML, em primeira votação.
“Estamos discutindo uma das mais importantes leis a serem debatidas e aprovadas pela Câmara Municipal, que são as Diretrizes Orçamentárias. Junto ao Plano Plurianual e à Lei Orçamentária Anual, nós estamos decidindo o futuro de todas as outras pastas do município de Londrina. Nós estamos discutindo o futuro da cidade em todos os âmbitos: da educação, da saúde, da segurança pública”, exemplificou o vereador Giovani Mattos (PSD), presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, que também é composta pelas vereadoras Anne Ada (PL) e Paula Vicente (PT).
A LDO – De autoria do Executivo Municipal, o projeto de lei apresenta as metas e prioridades da Administração Pública Municipal para o próximo ano e antecede o texto da Lei Orçamentária Anual (LOA). Durante a audiência pública, o projeto de lei foi apresentado pelo secretário Municipal de Planejamento, Orçamento e Tecnologia, Marcos Jeronimo Goroski Rambalducci, e pela diretora de Orçamento da pasta, Darling Silvia Maffato Genvigir.
A LDO 2026 apresenta uma previsão de receitas correntes no montante de R$ 3.675.552.000,00, incluindo, por exemplo, a arrecadação com tributos, contribuições e as transferências do estado e da União. Já a receita total foi estimada em R$ 4.313.229.000,00, considerando as receitas intraorçamentárias (na sua maioria, constituída por contribuição patronal do município para o Fundo de Previdência dos servidores).
O secretário Marcos Rambalducci disse que o orçamento do ano que vem estará “apertado” diante das necessidades do município e destacou que 70% dos valores serão destinados às secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social. “Parece bastante [o montante total], mas com ele não dá para a gente cumprir todas as necessidades que a gente gostaria de ter. Precisamos priorizar aquilo que temos com esses recursos, porque, infelizmente, tem uma máxima na economia que diz que as necessidades são infinitas, mas os recursos são limitados. E nós, com esses recursos, estamos fazendo mágica para tentar fechar o ano”, disse.
Até agosto devem ser protocolados na Câmara de Londrina os projetos do Plano Plurianual 2026-2029 e da Lei Orçamentária Anual para 2026, segundo adiantou a diretora de Orçamento. Ambas as propostas devem ser votadas e aprovadas até dezembro.
Participação popular – Durante o momento de debate da audiência pública, diversos munícipes fizeram perguntas e considerações sobre o projeto da LDO. Leandro Alcântara (foto), aprovado no concurso da Guarda Municipal (GM), leu uma carta aberta dos candidatos destinada ao prefeito Tiago Amaral, solicitando diálogo com o grupo, que busca a contratação dos novos agentes de segurança. O pedido foi endossado por Rodrigo Dias de Carvalho, também aprovado no certame da GM. Em resposta, o secretário de Planejamento, Marcos Rambalducci, disse que a contratação “depende de orçamento”, porém não deu mais detalhes.
Maurício Silva, morador de Irerê, questionou sobre a falta de pavimentação asfáltica em algumas ruas do distrito, sobre o atraso na reforma da Unidade Básica de Saúde (UBS) e cobrou a construção de uma capela mortuária na localidade. O secretário municipal de Obras e Pavimentação, Otávio Gomes, disse que solicitou ao governo do estado verba para asfaltamento nos distritos e lamentou, no caso da UBS, que a empreiteira tenha abandonado a obra, sendo necessária a contratação de uma outra construtora.
Gomes ainda disse que orçamento previsto para a Secretaria de Obras, em 2026, está aquém do ideal. Ele exemplificou que a pasta não terá verba para executar o projeto (ainda em elaboração) de correção da comporta do Lago Igapó 2, nem a reconstrução de três passarelas no lago, bem como a atualização do maquinário. “Não é razoável que uma cidade do tamanho de Londrina fique refém de emendas parlamentares para fazer qualquer tipo de obra, porque nós temos muita demanda e nós temos um pátio com um equipamento completamente sucateado”, disse. Com informações da Câmara Municipal de Londrina.

