Licença de Eduardo Bolsonaro termina neste domingo; deputado pode ter faltas contabilizadas se não retornar ao Brasil
Parlamentar está nos EUA desde março e pode correr risco de cassação caso não justifique ausências

A licença de 120 dias do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se encerra neste domingo (20). Caso não retorne ao Brasil após esse prazo, o parlamentar poderá ter faltas não justificadas nas sessões da Câmara dos Deputados, o que pode acarretar em sanções, incluindo a possibilidade de perda do mandato. Eduardo Bolsonaro se afastou do cargo em março, alegando “interesses pessoais”, com extensão de dois dias por “tratamento de saúde”. Na ocasião, ele publicou um vídeo nas redes sociais dizendo que permaneceria nos Estados Unidos para realizar articulações políticas.
De acordo com o regimento da Câmara, deputados que faltarem a mais de um terço das sessões deliberativas sem justificativa podem ter o mandato cassado. Atualmente, o Congresso Nacional está em recesso, com o retorno das atividades legislativas previsto para o dia 4 de agosto.
O deputado federal afirmou neste domingo (20) que não vai renunciar ao cargo. Durante uma live realizada nas redes sociais, o deputado disse que vai conseguir “levar o mandato” por mais três meses. “Eu não vou fazer nenhum tipo de renúncia. Se eu quiser, eu consigo levar meu mandato, pelo menos, até os próximos três meses”, afirmou.
No STF, Eduardo é investigado pela sua atuação junto ao governo norte-americano para promover medidas de retaliação contra o Brasil e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e tentar barrar o andamento da ação penal na Corte sobre a trama golpista, que tem seu pai como um dos réus.