Linguagem do Passado: 7 Expressões Brasileiras que a Nova Geração Desconhece
A matéria explora como o português brasileiro está em constante mudança, resultando no desaparecimento de expressões que eram comuns no passado. O texto lista e explica o significado de sete delas, como "sacripanta", "quiprocó" e "balela", que caíram em desuso com a nova geração

A língua é um organismo vivo, que se transforma a cada nova geração, absorvendo e descartando palavras e expressões conforme a cultura e o contexto mudam. No Brasil, essa dinâmica é especialmente visível. Expressões que eram parte do cotidiano de nossos pais e avós estão se tornando cada vez mais raras, caindo no esquecimento sem que sequer percebamos.
Segundo o Observatório da Língua Portuguesa, existem dezenas de palavras “antigas” que desapareceram quase por completo. A razão é simples: o contexto das novas gerações não oferece mais espaço para o uso delas, e, com o tempo, o significado se perde. No entanto, enquanto algumas expressões morrem, outras surgem, garantindo que a língua continue a se adaptar e a evoluir.
Conheça algumas dessas expressões brasileiras que a nova geração desconhece:
- Sacripanta: Usada para se referir a uma pessoa astuta, falsa ou mal-intencionada, a palavra hoje soa como um xingamento de novela de época.
- Quiprocó: Uma confusão cômica ou absurda causada por um mal-entendido. A expressão tem origem no latim quid pro quo (uma coisa pela outra).
- Balela: Significa uma conversa fiada, uma história inventada ou, simplesmente, uma mentira.
- Lambisgoia: Expressão com múltiplos significados, podendo se referir a uma mulher fofoqueira, intrometida ou com um estilo brega.
- Sirigaita: Tem um julgamento moral embutido e é usada para descrever uma mulher atirada ou sem-vergonha.
- Pachorra: Indica uma falta de urgência, cinismo ou lentidão. Pode ser usada em frases como: “Não acredito que ela teve a pachorra de fazer isso!”
- Safanão: Refere-se a um tapa ou empurrão rápido e brusco, dado para conter ou punir alguém.
A “morte” dessas expressões mostra como o idioma se reinventa constantemente, mas também nos convida a resgatar um pouco do passado para enriquecer nossa forma de comunicação.