Londrina continua sem novas mortes por dengue e com dez vezes menos casos que em 2024
Além de não haver novos registros de óbitos pela doença há quase quatro meses, portanto cerca de 120 dias, o total de confirmações é dez vezes menor este ano (4.602) do que em 2024 (41.712)

A situação epidemiológica referente à transmissão de dengue segue favorável em Londrina, conforme indicou o informativo semanal emitido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) na quinta-feira (05). Além de não haver novos registros de óbitos pela doença há quase quatro meses, portanto cerca de 120 dias, o total de confirmações é dez vezes menor este ano (4.602) do que em 2024 (41.712). No ano passado, as mortes chegaram a 52 até o início de setembro, quase seis vezes mais que em 2025, em que o total é de apenas nove.
O boletim mais recente, com dados compilados até hoje (4), também mostra que o número de notificações relacionadas à dengue está em 21.175, contra 65.692 em 2024, no mesmo período analisado. Atualmente, são 16.131 casos descartados e 442 em análise. O panorama geral faz com que Londrina mantenha limpo seu mapa de incidência desta arbovirose transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, sem sinalizações de alerta para incidência crescente ou elevada do vetor.
Embora o quadro esteja sob controle no momento, o Município se preocupa em salientar as recomendações essenciais para que a população ajude no combate à dengue, principalmente com o clima começando a esquentar. Foi o que destacou o gerente de Vigilância Ambiental da SMS, Nino Ribas. “Com a elevação das temperaturas, sabemos que as condições para a proliferação do Aedes aegypti tornam-se mais favoráveis. Nesse período, a Vigilância Ambiental orienta todos a eliminar recipientes que acumulem água, manter caixas d’água vedadas, limpar calhas e ralos, descartar corretamente materiais inservíveis e cuidar de quintais e áreas externas”, lembrou ele.
Outra indicação do gestor é para que os moradores tenham atenção especial voltada a locais de uso coletivo e façam a comunicação imediata de situações de risco ou casos suspeitos de arboviroses. “Os moradores podem solicitar a visita do Agente de Combate a Endemias pelo telefone 0800-400-1893 (Disque Dengue), ampliando o alcance e garantindo inspeção e orientação personalizada, de segunda a sexta, das 8h às 16h, com possibilidade de avaliação de atendimentos no sábado”, sugeriu. Com o intuito de intensificar e potencializar as ações de enfrentamento ao Aedes, a SMS atua permanentemente realizando o monitoramento de armadilhas (ovitrampas), bloqueios de transmissão, eliminação de criadouros, mobilização comunitária. Novidades também estão sendo estudadas.
“O acompanhamento também inclui o uso de drones, que será expandido. E estamos avaliando outras estratégias complementares envolvendo atividades educativas em escolas, uso de ferramentas digitais, integração com a Atenção Primária em Saúde, ações intersetoriais, iniciativas conjuntas com a SESA e o Ministério da Saúde, e parceria com a equipe de Entomologia da UEL. O objetivo é aprimorar a análise científica das populações do mosquito, orientar estratégias de controle mais eficazes e antecipar riscos de surtos. A ideia é manter o cenário controlado e reduzir o risco de arboviroses até o final do ano”, adiantou. Com informações do N.Com.