A cidade de Londrina está entre as que mais têm árvores próximas à rede elétrica urbana no Paraná, com cerca de 60 mil registros georreferenciados pela Copel. A presença intensa de vegetação perto da fiação elétrica representa risco de quedas de árvores, acidentes e interrupções no fornecimento de energia, especialmente durante ventos fortes e tempestades. No total, a Copel já cadastrou 1,86 milhão de árvores junto à rede elétrica nas áreas urbanas do estado. O levantamento é feito por meio do sistema Field Maps (Mapas de Campo), usado para planejar ações preventivas, como podas e manutenções, a fim de reduzir os riscos e melhorar a qualidade do serviço prestado à população.

Além de Londrina, outras cidades com grande número de árvores próximas da rede são Curitiba (169 mil), Maringá (105 mil), Foz do Iguaçu (75 mil) e Cascavel (46 mil). Só em 2024, Londrina já teve 15.674 serviços de poda realizados pela Copel — ações que ocorrem de forma programada ou em situações emergenciais. Segundo a Copel, o contato da vegetação com a rede elétrica é uma das principais causas de falta de energia. Por isso, a empresa tem ampliado parcerias com prefeituras para auxiliar no manejo das árvores e na construção de planos de arborização urbana.

O sistema de georreferenciamento, implantado em 2018, já ajudou a reduzir em 23% o tempo médio que os clientes ficam sem energia e em 13,5% a frequência das quedas desde então, conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). As equipes da Copel usam tablets com acesso ao mapa das árvores para controlar o processo de poda, que ocorre em ciclos anuais. Esse mapeamento também permite à empresa organizar melhor suas equipes e otimizar recursos. Nas áreas rurais, a manutenção é feita com roçadas ao longo dos 162 mil quilômetros de redes elétricas. Nessas regiões, é aplicada a Lei da Faixa Limpa, que exige que os proprietários mantenham uma faixa livre de vegetação de 30 metros ao longo das linhas de energia. Com informações AEN