As cidade de Londrina, no Paraná e Rio de Janeiro, capital, registraram os primeiros casos no Brasil do implante de marcapasso sem eletrodo, uma inovação na área da cardiologia que promete transformar o tratamento de pacientes com distúrbios do ritmo cardíaco. A nova geração do aparelho é menor, mais segura e mais eficiente, trazendo benefícios como menor risco de infecção, trombose e complicações em válvulas cardíacas.

Diferente dos marcapassos tradicionais, que dependem de fios conectados ao coração, o novo dispositivo é implantado por meio de cateterismo pela virilha e conduzido até o coração com o auxílio da corrente sanguínea. Segundo o cardiologista Gustavo Galli Reis, o marcapasso conta ainda com uma bateria de maior duração e melhor fixação ao tecido cardíaco, evitando a necessidade de cirurgias futuras.

Em Londrina, dois pacientes — um de 72 e outro de 59 anos, ambos com arritmia — já passaram pelo procedimento com sucesso e estão em recuperação após alta hospitalar. Apesar de ter um custo até oito vezes maior do que o modelo tradicional, especialistas ressaltam que o marcapasso sem eletrodo apresenta um melhor custo-benefício a longo prazo, com menor índice de complicações e maior conforto para os pacientes.