Londrina reforça ações de combate ao HIV durante o mês de dezembro
Há diversos tratamentos atuais ante o vírus, principalmente a terapia antirretroviral (TARV), que possibilitam que os portadores tenham uma vida saudável e que reduzam a transmissão, se usado corretamente

Em dezembro, Londrina vai intensificar as ações em prol da conscientização e combate à Aids, mês que marca a luta mundial contra o vírus do HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Dentro da campanha Dezembro Vermelho, a Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a COMUNIAIDS, está promovendo uma série de atividades que destacam a prevenção, o diagnóstico e o combate ao preconceito em relação às pessoas com HIV.
Há diversos tratamentos atuais ante o vírus, principalmente a terapia antirretroviral (TARV), que possibilitam que os portadores tenham uma vida saudável e que reduzam a transmissão, se usado corretamente. Londrina garante acesso facilitado a exames em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), reforçando a importância do diagnóstico precoce. Ainda, a cidade disponibiliza estratégias de prevenção como a PrEP, medicação para prevenir a infecção, e a PEP, que deve ser usada em até 72 horas após uma possível exposição.
O calendário inclui uma programação especial no dia 28 de novembro, na Praça da Concha Acústica, no Centro, onde haverá testagem rápida de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), distribuição de autotestes, orientação sobre vacina para usuários de PrEP e exames do “Combo do Bigode” (saúde masculina), além de atividades voltadas à saúde mental. O mês também abrange a extensão dos horários do CTA, entre os dias 2 e 5 de dezembro, disponibilizando agendamento on-line pelo Portal da Prefeitura, e durante dezembro haverá atuação em localidades vulneráveis e instituições de ensino.
O destaque será o V Simpósio de HIV e AIDS com o tema “O Avanço da ciência e o retrocesso do preconceito”, que ocorrerá no dia 1º de dezembro no anfiteatro do CLCH da UEL, promovendo um espaço para debates e diálogos para profissionais e estudantes das áreas da saúde e ciências humanas. Para participar, basta levar 1kg de alimento não perecível e é possível fazer a inscrição pela Escola de Governo da Prefeitura de Londrina. A campanha busca destacar os avanços científicos e encorajar a solidariedade e a eliminação do estigma, consolidando a prevenção e melhorias na qualidade de vida das pessoas com o vírus.
Atendimentos e dados epidemiológicos – O atendimento às pessoas que convivem com HIV e Aids, em Londrina, ocorre no Hospital das Clínicas da UEL e no Centro de Referência Bruno Piancastelli Filho. Pacientes conveniados e com vínculo particular são acompanhados em clínicas com especialistas. Desde o início do aparecimento da doença, já foram notificados mais de sete mil casos no município. Atualmente, estão cadastrados nos bancos de notificação do Ministério da Saúde 3.735 pacientes, dos quais 3.712 fazem uso da TARV. Em 2024, Londrina diagnosticou 242 novos casos, e até 25 de novembro de 2025 já foram inscritos 223 pacientes no Centro de Referência.
Diagnóstico e prevenção – O diagnóstico pode ser realizado por exames laboratoriais ou testes rápidos. Hoje, as 54 UBSs de Londrina oferecem esses exames à população. No Centro de Referência, que é referência para a 17ª Regional de Saúde do Paraná, foram realizados 3.521 testes rápidos em 2024. As estratégias de prevenção do Ministério da Saúde incluem: a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) – exige avaliação médica e exames periódicos. Desde 2021, Londrina cadastrou 859 usuários, dos quais 469 estão em acompanhamento ativo. E a PEP (Profilaxia Pós-Exposição) – indicada para três categorias de risco, a ocupacional, exposição sexual consentida e não consentida. Em 2024, o CRBPF atendeu 521 usuários, sendo 85% por exposição sexual consentida, 11% por acidentes ocupacionais e 4% por violência sexual.
Ao longo de dezembro, Londrina reafirma seu compromisso com a saúde pública e com a dignidade das pessoas que vivem com HIV e Aids. Mais do que testagens, tratamentos e debates, a campanha busca a solidariedade e ampliar o acesso à informação. A SMS, desde o começo do ano, já trazia as testagens rápidas de ISTs, fortalecendo a prevenção. Com informações do N.Com.

