Maior porta-aviões do mundo chega à América Latina para reforçar operações antinarcóticos dos EUA
O USS Gerald R. Ford, maior e mais avançado porta-aviões da Marinha dos Estados Unidos, entrou na área de responsabilidade do Comando Sul (USSOUTHCOM) em 11 de novembro de 2025. A missão oficial é apoiar ações contra organizações criminosas transnacionais e o narcotráfico no Caribe e em partes da América Central e do Sul. A movimentação gerou preocupação em alguns governos latino-americanos, que veem o deslocamento como demonstração de poder militar

O USS Gerald R. Ford, considerado o maior e mais moderno porta-aviões em operação no mundo, passou a integrar o teatro de operações da USSOUTHCOM em 11 de novembro de 2025. A chegada do navio e de seu grupo de ataque marca um reforço significativo nas operações dos Estados Unidos voltadas ao combate a organizações criminosas transnacionais e ao narcotráfico em regiões estratégicas do Caribe, do Atlântico e de áreas próximas à América Central e do Sul.
Segundo o anúncio oficial, o porta-aviões foi deslocado para “suportar a diretiva presidencial de desmontar Organizações Criminosas Transnacionais e combater o narcotráfico em defesa da Pátria”. Equipado com propulsão nuclear, escolta de destróieres com mísseis guiados e capacidade para operar centenas de aeronaves, o Gerald R. Ford pode manter presença prolongada, executar missões aéreas de dia e de noite e projetar força em larga escala.
A movimentação, porém, provocou reações na região. Especialistas destacam que, embora a justificativa oficial seja o combate ao tráfico, o envio de um ativo militar de alta complexidade para esse tipo de missão é incomum. Governos latino-americanos, incluindo o da Venezuela, expressaram preocupação e classificam a presença do porta-aviões como potencial fator de aumento de tensões militares.
Na prática, o grupo de ataque amplia a capacidade de interdição marítima, vigilância aérea e eletrônica, além de apoiar operações de interceptação em áreas de rota do narcotráfico. Combinado ao uso de drones, aviões de patrulha e navios de escolta, o movimento reforça a atuação dos Estados Unidos em uma região sensível e de grande importância geopolítica.
O emprego de um superporta-aviões em ações antinarcóticos chama atenção também pelo alto custo operacional e pelas possíveis implicações diplomáticas para países costeiros envolvidos. Analistas veem o deslocamento como um indicativo de que Washington está ampliando sua presença naval e o alcance estratégico na América Latina.
O desdobramento do Gerald R. Ford marca um ponto de inflexão na política de segurança norte-americana para o hemisfério sul, elevando o nível dos recursos usados em operações de combate ao tráfico.
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