Mais uma Vez: Crianças do Assentamento Eli Vive ficam sem transporte escolar devido às condições das estradas
Uma mobilização foi realizada na manhã desta quinta-feira (27) e o coordenador do Assentamento Eli Vive, Edelvan Carvalho, destacou que os moradores estão prontos para cobrar providências

As famílias do Assentamento Eli Vive, em Lerroville, preparam uma nova mobilização para garantir o direito ao transporte escolar de seus filhos. O problema das estradas intransitáveis, que historicamente afeta a comunidade em períodos de chuva, agora também compromete o transporte durante a estiagem. De acordo com os moradores, a empresa Playtur, contratada pela Prefeitura de Londrina, se recusa a operar algumas linhas devido às más condições das vias.
Segundo um informe emitido nesta quarta-feira (26) pela prefeitura, o transporte escolar será interrompido a partir da próxima segunda-feira para alunos das linhas 1 e 2 do Eli Vive I-A, afetando cerca de 50 crianças. “A gerente irá solicitar com máxima urgência que sejam feitos os reparos na estrada, mas até lá, não haverá como transitar pelo trecho. Se as famílias tiverem condições de levar os filhos com veículo próprio até o ponto da padaria, o veículo transitará até esse ponto”, informou a Diretoria Financeira e Compras da Secretaria Municipal de Educação.
Uma mobilização foi realizada na manhã desta quinta-feira (27) e o coordenador do Assentamento Eli Vive, Edelvan Carvalho, destacou que os moradores estão prontos para cobrar providências. “Estamos aqui com as famílias reivindicando a melhoria das estradas. Já faz tempo que cobramos soluções, mas até agora nada foi atendido pela prefeitura. Hoje estamos com 250 pessoas da Brigada 4 para reforçar a exigência por melhorias. Decidimos formar um grupo de cerca de 20 pessoas para ir até a prefeitura e levar a pauta das demais famílias. Se não tivermos resposta, mais moradores estarão dispostos a se manifestar diretamente na sede da prefeitura”, afirmou.

Foto: divulgação Assessoria de Imprensa
Moradores do Assentamento também falaram sobre a situação. A moradora Rafaela disse que “tenho que levar minha filha de casa até uma distância, quando chove não dá para levar e dá medo de deixar as crianças andando em transporte por risco de vida”, afirmou. Os manifestantes foram para a frente da prefeitura em busca de respostas sobre a situação crítica das estradas e o futuro do transporte escolar das crianças.
Resposta da Prefeitura
O secretário Municipal de Agricultura e Abastecimento, Gilmar Pereira, disse que a malha viária do local é extensa e complexa, e soma 107 quilômetros de estradas rurais. Gilmar falou que a administração municipal está mobilizando equipamentos e pessoal para atuar emergencialmente nos trechos mais críticos. Ele afirmou que, no final de semana, ainda que em horário extraordinário, máquinas e equipes estarão em campo para solucionar problemas emergenciais nas estradas. O objetivo é garantir que o transporte escolar seja retomado de forma segura. A partir de amanhã, caminhões, motoniveladoras, rolos compactadores e até uma esteira para rebaixamento de vias estarão em operação, buscando restabelecer a circulação de veículos com maior segurança. O secretário disse também que, além das ações emergenciais, a Prefeitura assinou um contrato com uma empresa especializada para a elaboração de projetos executivos que vão abranger toda a extensão da malha viária dos assentamentos, totalizando 107 quilômetros.