Malásia vai proibir redes sociais para menores de 16 anos a partir de 2026

A Malásia anunciou que proibirá o uso de redes sociais por menores de 16 anos a partir de 2026, tornando-se um dos países com legislação mais rígida sobre segurança digital juvenil no Sudeste Asiático. A medida inclui verificação obrigatória de idade e multas que podem superar US$ 30 milhões. A decisão acompanha tendência internacional de restrições ao acesso de adolescentes às plataformas digitais

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O governo da Malásia confirmou que crianças e adolescentes menores de 16 anos estarão proibidos de usar redes sociais a partir de 2026. O anúncio foi feito pelo ministro das Comunicações, Fahmi Fadzil, e representa uma das medidas mais restritivas já adotadas no Sudeste Asiático para proteção de menores no ambiente digital.

Segundo o ministério, o objetivo é reduzir a exposição de jovens a riscos como golpes, assédio virtual, cyberbullying e conteúdos sensíveis, criando um “ecossistema digital mais seguro e saudável”.

Verificação de idade será obrigatória

Para implementar a política, o governo planeja adotar sistemas eletrônicos de verificação baseados em documentos oficiais, como carteira de identidade e passaporte. Desde 2025, plataformas com mais de 8 milhões de usuários já precisam de licença especial para operar no país e devem adotar checagens mínimas de idade.

Com a nova regra, o controle será ampliado: empresas que não conseguirem impedir a criação de contas por menores poderão receber multas que ultrapassam o equivalente a US$ 30 milhões.

Tendência global de maior controle digital

A decisão aproxima a Malásia de outras nações que têm adotado restrições semelhantes. A Austrália deve se tornar o primeiro país a proibir totalmente o acesso de menores de 16 anos às redes sociais, a partir de dezembro de 2025. Já Dinamarca e Noruega discutem legislações que estabelecem idades mínimas entre 15 e 16 anos para criação de perfis.

As medidas ganham força após estudos indicarem relações entre uso excessivo de redes sociais e aumento de sintomas de ansiedade, depressão, baixa autoestima e dificuldades de atenção entre adolescentes.

Riscos digitais motivam autoridades

Especialistas em comportamento juvenil afirmam que a combinação entre algoritmos altamente personalizados e a imaturidade emocional típica da adolescência torna os jovens mais vulneráveis a manipulação, engajamento compulsivo e dependência digital.

A exposição constante a conteúdos comparativos — como padrões irreais de beleza, vidas perfeitas e rotinas inatingíveis — também tem preocupado psicólogos, que observam impactos frequentes na autoimagem e na saúde emocional.

Além disso, a presença de contas falsas e falta de regulação tornam a identificação de predadores virtuais e redes de exploração ainda mais difícil.

Debate global: proteção x liberdade

A decisão da Malásia reacende um debate internacional: qual deve ser o limite da intervenção estatal no uso de tecnologia por crianças e adolescentes? Especialistas defendem que restrições precisam vir acompanhadas de educação digital nas escolas, orientação familiar e suporte psicológico.

Para o governo malaio, a intenção não é afastar os jovens do mundo digital, mas garantir que eles ingressem nele de forma gradual e segura. Enquanto isso, países de todo o mundo analisam como equilibrar proteção infantojuvenil, privacidade de dados e inovação tecnológica.

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