Antônio Teodoro de Moraes, morador de Maringá, foi condenado a 14 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas por extremistas. A sentença, publicada no dia 14 de março, soma 12 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado e 1 ano e 6 meses de detenção, além de 100 dias-multa, o que equivale a R$ 506, e responsabilidade solidária pela indenização de R$ 30 milhões pelos danos causados. Antônio foi condenado pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

De acordo com o relatório do ministro Alexandre de Moraes, o réu foi identificado em vídeos gravados em frente ao STF, usando uma bandeira do Brasil enrolada ao corpo, no momento em que o prédio era depredado. Ele também teria participado da invasão ao Palácio do Planalto, onde foram destruídos móveis históricos, painéis e vidros. O próprio Antônio admitiu que viajou de ônibus fretado até Brasília, após montar uma barraca em frente ao Tiro de Guerra de Maringá, onde participava de atos antidemocráticos. Ele disse, porém, não saber quem organizou a viagem.

A defesa entrou com recurso contra a decisão, alegando que a sentença ainda não transitou em julgado e que não há motivos para mantê-lo preso preventivamente, já que ele seria “presumivelmente inocente” e não demonstrou intenção de fuga. Antônio permanece preso na Cadeia Pública de Maringá. Até agora, o STF já condenou mais de 500 pessoas envolvidas nos ataques de 8 de janeiro, considerados o maior atentado às instituições democráticas desde a redemocratização do país.