Maus-tratos vão além da violência física: Polícia Civil reforça alerta no Abril Laranja
A lei prevê que qualquer ação ou omissão que cause sofrimento físico ou psicológico a um animal pode ser enquadrada como maus-tratos

Durante o Abril Laranja, mês dedicado à prevenção aos maus-tratos contra os animais, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) reforça que maltratar um animal não se resume à agressão física. Deixar um pet sem água, comida adequada, abrigo, ou exposto ao sol e à chuva também é considerado crime, de acordo com a legislação brasileira. A lei prevê que qualquer ação ou omissão que cause sofrimento físico ou psicológico a um animal pode ser enquadrada como maus-tratos. Isso inclui manter o animal em ambientes insalubres, sem cuidados veterinários, confinado por tempo prolongado em correntes ou gaiolas, ou em condições precárias de higiene.
Os números confirmam o crescimento da conscientização, mas também revelam a persistência do problema. Somente em 2024, o Disque-Denúncia 181 já recebeu mais de 11 mil registros de maus-tratos no Paraná. Em 2023, foram pouco mais de 9 mil. As ocorrências formalizadas aumentaram de 2.105 para 2.295 entre um ano e outro. Casos recentes demonstram a gravidade das situações enfrentadas. Em Arapongas, no dia 11 de abril, mais de 5 mil aves, além de coelhos e porquinhos-da-índia, foram resgatados em ambiente insalubre, com ração estragada e sinais de desnutrição. Já em Colombo, um macaco-prego foi encontrado após viver 31 anos acorrentado em uma gaiola, num possível caso de tráfico de animais. Os responsáveis foram indiciados por crime ambiental.
A PCPR orienta que qualquer pessoa que presencie maus-tratos deve denunciar. As denúncias podem ser feitas anonimamente pelo Disque 181, pelo 197 da Polícia Civil ou pelo site da Delegacia Virtual de Proteção Animal. Também é possível procurar a delegacia mais próxima. Com informações AEN