A Polícia Civil do Paraná (PCPR) descartou a hipótese de tentativa de assalto no caso em que uma médica de 28 anos foi baleada na última sexta-feira (5), em Maringá, no norte do estado. Segundo o delegado Diego Elias Almeida, o ataque foi motivado por um acerto de contas envolvendo uma dívida do marido da vítima. O casal foi surpreendido por dois homens armados na porta de casa. A médica foi atingida por pelo menos três disparos e permanece internada na Santa Casa de Maringá. Os suspeitos fugiram e estão sendo procurados.

De acordo com o delegado, a dívida teria origem em uma empresa aberta pelo marido da médica em Campo Mourão, cidade localizada a cerca de 120 km de Maringá. “Essas pessoas vieram aqui não com a intenção de levar qualquer patrimônio da vítima, mas sim de realizar uma cobrança contra o marido dela, pois ele tem bastante dívida e já vinha sendo cobrado violentamente há algum tempo”, afirmou Almeida.

Ainda segundo a investigação, existe um boletim de ocorrência registrado contra o homem, por supostas ameaças feitas durante uma discussão sobre a cobrança da dívida. Ele já prestou depoimento, mas será ouvido novamente. A médica será ouvida assim que estiver recuperada.

Como o crime aconteceu

Na noite do crime, a médica estava dentro de casa quando o marido chegou de moto, após uma viagem ao Mato Grosso do Sul. Ao tentar entrar na garagem, ele foi abordado pelos dois suspeitos, que o empurraram para dentro do imóvel. O homem entrou em luta corporal com um dos agressores, conseguiu tomar a arma e disparou contra ele.

Durante a confusão, a médica saiu de casa e acabou sendo baleada pelo outro criminoso, que fugiu com o comparsa em um carro. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) socorreu a jovem, que foi atingida por pelo menos três tiros, mas não corre risco de morte. A polícia segue em busca dos suspeitos e realiza buscas também em hospitais da região, uma vez que um dos criminosos foi baleado e pode ter procurado atendimento médico. A população pode colaborar com informações de forma anônima pelo telefone 181.