O governo do Rio de Janeiro divulgou que, durante  a megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) realizada na última terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, foram apreendidos de 93 fuzis, 26 pistolas e um revólver. Parte das armas é de uso exclusivo das Forças Armadas do Brasil e de países vizinhos, como Argentina e Venezuela.  A ação, considerada uma das mais letais da história do estado, deixou mais de 120 mortos, incluindo quatro policiais. Segundo o governo Cláudio Castro (PL), entre os 109 suspeitos identificados, 42 tinham mandados de prisão em aberto, 113 foram presos e dez adolescentes apreendidos.

De acordo com a Polícia Civil, foram apreendidos sete tipos diferentes de fuzis, entre eles 28 AR-15 (EUA), 21 AR-10 (EUA, calibre 7,62), 16 AK-47 (Rússia), 14 FAL (Bélgica), 12 G3 (Alemanha), além de um Benelli MR1 (Itália, calibre 5,56) e um Mauser (Alemanha). Especialistas também identificaram a presença de “armas fantasmas” (ou ghost guns), armamentos modificados e montados com peças genéricas dentro do território nacional. O policial federal Roberto Uchôa, integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), explicou que essas adaptações visam tanto a mudança estética quanto a funcionalidade. “São armas montadas com peças de diferentes origens, o que tem se tornado cada vez mais comum no país”, destacou.

Em análise das imagens divulgadas pelas polícias Civil e Militar, Uchôa identificou 23 fuzis AR-10 e AR-15, 17 modelos G3 e FAL, 12 AK-47 e 13 não identificados. Segundo o especialista, os modelos G3 e FAL possuem características semelhantes, o que dificulta a distinção em fotos. Já os AR-10 e AR-15 têm canos mais curtos e aparência compacta, enquanto os AK-47 apresentam estrutura em madeira e formato mais arredondado — características que indicam a diversidade e o alto poder de fogo do arsenal apreendido. Com informações de G1.