Ministério do Esporte reforça o combate ao racismo como prioridade após ataque ao jogador Luighi

O jogador, que atua no time sub-20 do Palmeiras, foi alvo de gestos imitando um macaco por torcedores paraguaios, gerando uma onda de indignação tanto no Brasil quanto no exterior

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Gol de Luighi em Flamengo x Palmeiras. Foto: Alexandre Durão

O Ministério do Esporte se manifestou oficialmente nesta quinta-feira (20) em relação ao caso de racismo sofrido pelo jogador Luighi Hanri Souza Santos, do Palmeiras, durante uma partida contra o Paraguai, no estádio Cerro Porteño, no último dia 6 de março. O jogador, que atua no time sub-20 do Palmeiras, foi alvo de gestos imitando um macaco por torcedores paraguaios, gerando uma onda de indignação tanto no Brasil quanto no exterior. A situação provocou a abertura de um inquérito civil pelo Ministério Público Federal (MPF), que agora acompanha a atuação das autoridades brasileiras e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sobre o caso.

Em sua nota, o Ministério do Esporte afirmou que o combate ao racismo segue sendo uma das suas principais prioridades, reconhecendo a gravidade do ocorrido e destacando o apoio à iniciativa do MPF. O ministério ressaltou que tem se empenhado ativamente no combate à violência e ao preconceito em várias frentes, incluindo campanhas publicitárias de caráter educativo, como a campanha “Cadeiras Vazias – um movimento de ocupação pela paz no futebol”, que visa conscientizar a sociedade sobre a intolerância no esporte.

O ministério avaliou que essa campanha teve um impacto positivo, com adesão de clubes, federações, torcidas organizadas e órgãos públicos.Além das campanhas educativas, o Ministério do Esporte propôs uma modificação na Lei Geral do Esporte, devido ao aumento de casos de racismo nos estádios. A nova proposta prevê que clubes, federações e confederações adotem medidas práticas de prevenção e enfrentamento ao racismo. Caso essas medidas não sejam implementadas, as entidades poderiam ser penalizadas e impedidas de acessar recursos públicos federais.

O projeto foi encaminhado para análise da Casa Civil e da Presidência da República, com a expectativa de que seja discutido pelo Congresso Nacional, que decidirá sobre a inclusão dessa medida na legislação. O Ministério do Esporte também informou que, apesar de já ser considerado crime pela Lei Geral do Esporte, o racismo nos estádios será tratado com mais rigor por meio de novas medidas legais.

O MPF também tem cobrado respostas das entidades envolvidas, enviando ofícios ao Ministério do Esporte e à CBF, solicitando informações sobre as ações adotadas ou que estão sendo planejadas para combater o racismo no futebol brasileiro. A pressão do Ministério Público e a recente sequência de ataques racistas no esporte evidenciam a necessidade urgente de um compromisso maior da parte das autoridades para erradicar o racismo e garantir um ambiente mais seguro e inclusivo para atletas e torcedores. Com informações da Agência Brasil.

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Matheus Vinicios Barreira

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