Misofonia: o distúrbio que transforma sons comuns em gatilhos de raiva intensa

Síndrome afeta até 20% da população e pode causar reações emocionais extremas diante de sons simples como mastigar ou digitar

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Foto: Reprodução/Amanda Mills/CDC

Você já sentiu raiva ao ouvir alguém mastigando chiclete, clicando no teclado ou arrastando um chinelo? Para quem tem misofonia, essa reação não é exagero, é um distúrbio real. Conhecida também como Síndrome da Sensibilidade Seletiva a Sons (4S), a misofonia causa reações emocionais intensas a sons baixos e repetitivos, que passam despercebidos pela maioria das pessoas.

De acordo com especialistas, até 20% da população pode ser afetada por esse transtorno, cujos primeiros sinais costumam surgir ainda na infância. Os sons mais comuns que servem como gatilho envolvem respiração alta, estalos com a boca, digitação, passos com salto alto e o barulho de gelo sendo mexido em um copo. A resposta emocional é intensa, com raiva, taquicardia, suor e até vontade de fugir da situação.

O diagnóstico ainda é clínico e baseado no relato do paciente, já que não há um exame específico. A condição pode afetar gravemente a convivência familiar, o rendimento profissional e o bem-estar emocional, especialmente porque muitos ainda não compreendem a seriedade da misofonia.

O tratamento pode incluir medicamentos para controle emocional, Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), e técnicas de estimulação sonora — que usam sons estáveis para “competir” com os ruídos que provocam incômodo. O mais importante, segundo especialistas, é buscar ajuda e entender que há formas de conviver melhor com a condição.

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