Morre Sebastião Salgado, ícone da fotografia brasileira e mundial, aos 81 anos
Fotógrafo renomado e fundador do Instituto Terra, Salgado eternizou em imagens a luta humana, a natureza e os dramas sociais ao redor do planeta

Morreu aos 81 anos o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, um dos nomes mais respeitados da fotografia mundial. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (22) pelo Instituto Terra, organização ambiental criada por ele e sua esposa, Lélia Wanick Salgado. Formado em Economia, Salgado iniciou sua carreira como fotógrafo por acaso, no início da década de 1970, enquanto trabalhava para a Organização Internacional do Café. Em uma missão na África, registrou seus primeiros ensaios fotográficos, despertando o olhar sensível que viria a impactar o mundo.
Em 1981, ganhou destaque internacional ao capturar o momento do atentado ao então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan. A partir daí, sua carreira deslanchou. Trabalhou em grandes agências de notícias até fundar sua própria agência fotográfica, realizando expedições pelos quatro cantos do planeta.
Seu trabalho, marcado pelo preto e branco denso e expressivo, trouxe à luz temas profundos como a migração forçada, a luta de trabalhadores em condições extremas, a preservação de comunidades indígenas e a grandiosidade das paisagens naturais não tocadas pela industrialização. Mais do que um fotógrafo, Sebastião Salgado foi um contador de histórias humanas e ambientais. Seu legado vai além das imagens — é uma chamada visual à empatia, à justiça social e à preservação do planeta.