Morte de homem em ação policial gera protestos em Londrina
PM diz que houve confronto; família fala em execução: caso Gabriel Dalbello gera protestos

No fim da tarde de terça-feira (10), diversas manifestações foram registradas em diferentes pontos de Londrina, no norte do Paraná. Os protestos ocorreram devido à morte de Gabriel Felipe Dalbello, de 22 anos, durante uma ação da Polícia Militar na sexta-feira (6). Familiares e amigos do jovem acusam a PM de execução e pedem justiça.
Pelo menos seis regiões da cidade foram palco de protestos, com queima de pneus, faixas e bloqueios de vias. Na Avenida Dez de Dezembro, na zona leste de Londrina, familiares de Gabriel gritaram por justiça e afirmaram que o jovem não estava armado no momento em que foi morto. Na Avenida Theodoro Victorelli, as vias foram impedidos de passar. Uma fila enorme de carros formou-se no local. Com a chegada da polícia militar, o trânsito foi restabelecido.
Outros pontos de manifestação incluíram a Avenida Brasília, também conhecida como Bratac, na zona oeste da cidade. Os manifestantes fecharam a avenida o que causou um enorme congestionamento. Neste local, a manifestação foi dispersada por policiais com uso de bombas de efeito moral. Pneus foram queimados em protesto contra a atuação da Polícia Militar e em cobrança por uma investigação independente sobre o caso.
Em pronunciamento nas redes sociais, o Tenente-Coronel QOPM Ricardo Fardim Eguedis informou que todas as manifestações foram acompanhadas pela PM e encerradas por volta das 20h30. “Aumentamos o nosso efetivo, acionando o plano de chamada, e em todos os locais da cidade de Londrina temos policiamento reforçado. Se você tiver alguma dúvida, entre em contato no telefone 190”, declarou.
O caso
Gabriel Felipe Dalbello morreu na manhã de sexta-feira (6), na Rua Flor de Jesus, Vila Ricardo, zona leste de Londrina. De acordo com a Polícia Militar, o jovem, que tinha um mandado de prisão em aberto por furto qualificado em Ibiporã, foi localizado dentro de um veículo GM/Corsa branco e teria reagido à abordagem policial. Segundo a PM, ele teria mostrado uma arma aos policiais, que revidaram. Ainda segundo a corporação, Gabriel possuía uma extensa ficha criminal. Uma pistola automática 9mm foi apreendida dentro do carro onde ele estava. A versão da PM é contestada pelos familiares, que alegam que o jovem não estava armado e pedem uma apuração rigorosa e transparente do ocorrido. O caso segue sendo investigado.

