MPPR denuncia por homicídio culposo médicos em atendimento a jovem que morreu na UPA do Jardim do Sol em Londrina
Foto Ilustrativa

O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio da 24ª Promotoria de Justiça de Londrina, denunciou por homicídio culposo dois médicos que prestaram atendimento a um paciente que faleceu no dia 23 de outubro de 2023.

Os nomes dos profissionais não foram divulgados. De acordo com as apurações sobre o caso, a morte da vítima – Nycolas Ronald Dias, de 22 anos – teria sido ocasionada por erros médicos dos dois denunciados. De acordo com as apurações, a vítima teria sido atendida inicialmente no dia 8 de março de 2023, em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim do Sol, onde recebeu o diagnóstico de pneumotórax e foi encaminhada para a Santa Casa de Londrina, tendo recebido o tratamento adequado.

Meses depois, no dia 22 de outubro daquele ano, o paciente buscou novamente uma unidade de saúde, com queixas de dor ao respirar e tossir, sendo medicado e recebido alta médica após melhora nos sintomas.

Com nova piora em seu quadro de saúde, no dia seguinte, em 23 de outubro, o jovem retornou à UPA, recebendo então atendimento dos dois denunciados que, segundo apontam as investigações que embasam a denúncia, cometeram equívocos quanto ao diagnóstico e não procederam ao tratamento correto e indicado para o quadro clínico do rapaz, que morreu na tarde daquele mesmo dia.

Conforme a denúncia, os médicos agiram de “forma imperita, inobservando regras técnicas da profissão, e de forma imprudente, com falta de cuidado objetivo, e de forma negligente, deixando de tomar conduta que era esperada pela situação, deixando de prever o resultado lesivo que lhe era previsível”.

Além do crime de homicídio culposo, ocasionado por erro médico, os dois também foram denunciados por falsidade ideológica, uma vez que, por conta do cargo de plantonistas da unidade de saúde onde os fatos aconteceram, inseriram informações inverídicas sobre a causa da morte do paciente, bem como sobre os procedimentos que haviam sido realizados, como forma de ocultar a verdade sobre o ocorrido e na tentativa de isentar-se de responsabilidades sobre a morte. O processo tramita sob sigilo.

Com informações do Ministério Público do Paraná.